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Capital

Agressor diz que "ouviu vozes" antes de esfaquear motorista de aplicativo

O delegado à frente do caso, Roberto Guimarães, disse que o rapaz parece não ter problemas mentais

Lucia Morel e Karine Alencar | 06/06/2022 18:14
Audineth no hospital se recuperando dos ferimentos que sofreu durante corrida. (Foto: Direto das Ruas)
Audineth no hospital se recuperando dos ferimentos que sofreu durante corrida. (Foto: Direto das Ruas)

Após ouvir vozes que pediam que ele atacasse uma motorista de aplicativo, rapaz de 24 anos de idade confessou ter atacado Audineth Aguiar dos Santos, 44 anos, durante corrida em 20 de maio, à noite. Ela procurou socorro e continua internada na Santa Casa de Casa de Campo Grande, mas sem risco de morte.

Os policiais da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos) identificaram o autor, que não foi preso, através do aplicativo de carona, apesar dele sempre usar nomes falsos nesse tipo de serviço. No dia em que fez a corrida com Audineth, ele se identificava como Carlos.

O delegado à frente do caso, Roberto Guimarães, disse que o rapaz parece ser totalmente são e sem problemas mentais, apesar do relato alucinado. O autor declarou que ouvia as vozes e desejou esfaquear a mulher, sem ter nenhum desejo tentativa de roubá-la ou mesmo levar o carro. “Ele disse que bebeu no dia, mas que não estava bêbado”, comentou o delegado.

Com passagens por importunação sexual, o mesmo jovem confessou ainda que nos outros crimes, teve vontade de atacar as mulheres para que elas fizessem sexo com ele, mas nunca consumou os fatos. As vítimas de importunação são todas mulheres, adolescentes e adultas.

Houve pedido de prisão temporária contra o autor, mas foi negado pela Justiça. Na ocasião, a solicitação era por latrocínio tentado. Novo pedido de prisão será feito, desta vez, por homicídio tentado e como preventiva. O rapaz é auxiliar de serviços gerais em um lava a jato.

Caso - Ao Campo Grande News, a vítima contou que é motorista de aplicativo há 5 anos e, no dia do fato, em nenhum momento desconfiou do passageiro, que durante o percurso, permaneceu quieto. “A gente pega passageiros de todo tipo. Tem gente que gosta de conversar, tem gente que não gosta. Tem uns agitados, outros mais calmos. Não tem como saber. Eu não desconfiei de nada”, contou.

Ela disse que ao avisar o passageiro que havia chegado ao destino, o rapaz pediu para entrar à direita. “Ele não falou nada, não anunciou o assalto, simplesmente começou a bater no meu rosto com alguma coisa. Na hora, eu não vi a faca. Sentia algo parecido com choque. Mesmo assim, apertei a buzina e acelerei com o carro. Comecei a gritar por socorro. Ele pulou pela porta traseira e fugiu. Passei a mão no meu rosto e senti o sangue escorrendo”, relembrou.

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