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Capital

Agressores podem não ir para a cadeia mesmo tendo torturado cadelinha

Luana Rodrigues | 01/06/2015 11:12
Cadelinha foi encontrada sem parte do couro e com duas patas quebradas (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Cadelinha foi encontrada sem parte do couro e com duas patas quebradas (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Os acusados de torturarem e arrancarem o couro da cadelinha Vitória Guerreira podem continuar em liberdade. Isso porque, de acordo com a lei, o crime de maus tratos é considerado de "menor potencial ofensivo", o que faz com que os agressores apenas respondam um termo circunstancial de ocorrência e não sejam detidos. O crime ocorreu na tarde deste sábado(30) e gerou comoção nas redes sociais.

De acordo com o delegado Wilton Vilas Boas de Paula, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), as investigações para identificar os autores começaram na manhã desta segunda-feira. "Conversei com as pessoas que recolheram ela e agora vamos registrar o boletim de ocorrências, já que ninguém havia oferecido denúncia, agora as investigações podem tomar um rumo mais preciso", explicou.

Apesar do interesse da polícia em identificar os acusados, o delegado explica que, mesmo após eles serem encontrados, devem responder em liberdade. "O que ocorre é que em crimes em que a pena é inferior a dois anos, como é o caso de maus tratos a animais em que a penalidade prevista é de três meses a um ano, o acusado apenas assina um termo circunstancial e responde em liberdade", disse.

O delegado também explicou que o único agravante seria se os agressores tivessem sido presos em flagrante ou se Vitória não resistir aos ferimentos e morrer. "Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um sexto do período",afirmou.

Vitória está recebendo alimento e medicação na veia (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Vitória está recebendo alimento e medicação na veia (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Recuperação - Vitória Guerreira continua internada na clínica Petit Bichon. De acordo com a médica veterinária, Jucimara Costa Pereira, responsável pelo tratamento da cadelinha, ela responde melhor ao tratamento desde ontem. "A situação dela se estabilizou melhor essa noite, controlamos a oscilação da temperatura e a preocupação agora é com as inflamações", explicou a médica.

Conforme Jucimara, o tratamento com células tronco, pelo qual Vitória poderá passar, só será iniciado em uma semana, e se o quadro de inflamações e infecções estiver sob controle. "É um tratamento para recuperação da pele e dos músculos que não pode ser feito se houver qualquer inflamação", pontuou.

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