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Capital

Além da depredação de túmulos, cemitério vira depósito de entulhos

Público, o Cemitério Cruzeiro nunca mudou, sempre sofreu sem manutenção e agora nem limpeza passa por lá

Por Clara Farias | 12/07/2024 10:39


Arvore seca caída em meio a sepulturas no Cemitério São Sebastião (Clara Farias)
Arvore seca caída em meio a sepulturas no Cemitério São Sebastião (Clara Farias)

A denúncia não é novidade, a solução que nunca chega. No Cemitério Municipal São Sebatião, mais conhecido como Cruzeiro, a situação de desleixo só piora. O local está com vidros de mausoléus quebrados e espalhados pelo chão e pela lápide, arvores secas caídas, e folhas que até cobrem as sepulturas mais antigas.

Além da sujeira, muitas sepulturas estão com a terra revirada, sendo possível ver restos de caixão, garrafas de bebida alcoólica e sacolas de lixo. Em alguns dos túmulos as plantas tomaram conta, outros tiveram itens furtados como a janela. O problema se amplia, e o barro cobre até cruz que foi posta para demarcar o túmulo.

A falta de manutenção do local é noticiada pelo Campo Grande News desde o ano passado, quando uma família encontrou o mausoléu violado. Do jazigo foram levadas janelas e portas, os vasos estavam quebrados e as flores jogadas ao chão.

Túmulo violado com crânio a mostra (Foto: Direto das Ruas)
Túmulo violado com crânio a mostra (Foto: Direto das Ruas)

Em maio deste ano, Mariana Pereira, de 27 anos, foi até o Cemitério Cruzeiro com o filho de cinco anos. Ela encontrou o túmulo violado, com o crânio de seu ente querido exposto. Segundo ela, na data em que a estetista visitou o local, não havia responsáveis pelo cemitério para que ela pudesse conversar sobre a situação.

Folhas e galhos de árvores sobre os jazigos (Foto: Clara Farias)
Folhas e galhos de árvores sobre os jazigos (Foto: Clara Farias)

O deputado Lucas de Lima (PT), apresentou ontem à Mesa Diretora da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) um pedido, em caráter de urgência, para limpeza e remoção do lixo no Cemitério Cruzeiro. Ele afirmou que a falta de manutenção do mato alto, por exemplo, contribui para a proliferação de insetos, bem como apresenta um risco sanitário para àqueles que frequentam o cemitério.

A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou, por meio de nota, que a limpeza dos cemitérios são feitas a cada 15 dias, e nesta semana as equipes estão no Cemitério Cruzeiro.

"Os galhos de árvores, folhas e cacos de vidro que foram vistos no referido cemitério ainda serão retirados pela equipe de limpeza. A administração dos cemitérios trabalha sempre para manter os locais nas melhores condições para receber os visitantes", finalizou a nota.

(*) Matéria editada às 11h17 para acréscimo de nota.

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