Além da insegurança, moradores do Amambaí convivem com sujeira nas calçadas
Imediações da antiga rodoviária está tomada por lixo, móveis velhos e mato
As calçadas nas imediações da antiga rodoviária, no Bairro Amambaí, em Campo Grande, estão tomadas por lixo, móveis velhos e mato. A situação preocupa moradores, que além de conviver com o abandono se deparam com a crescente presença de usuários de drogas na região.
RESUMO
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As calçadas do Bairro Amambai, em Campo Grande, estão cobertas de lixo e entulhos, preocupando moradores que também enfrentam a presença de usuários de drogas na região. Apesar de pedidos à prefeitura, a limpeza não é realizada, apenas notificações e multas são aplicadas. Moradores como Dercy Ananias e Luciana Pereira já consideram mudar de bairro devido à insegurança e sujeira. A situação piorou após a desativação da antiga rodoviária, aumentando a presença de moradores de rua. Renato de Souza, morador há 15 anos, critica a falta de ação do poder público, que não responde sobre possíveis mutirões de limpeza.
Segundo relatos, pedidos de providências foram feitos à prefeitura por meio do telefone 156, mas os moradores receberam a informação de que o órgão apenas notifica e multa os responsáveis pelo descarte irregular, sem realizar a limpeza.
Dercy Ananias, de 33 anos, pedreiro, e sua esposa Luciana Pereira, de 38, do lar, moram no bairro há dois meses e já cogitam a mudança para um local mais seguro e mais limpo. "Nós já queremos mudar daqui, mudar de bairro", afirmou Dercy. Luciana teme pela presença de animais peçonhentos entre os entulhos. "Perigoso, cobra, inseto. Por enquanto, graças a Deus, não teve essa situação", disse.
O casal, que mora apenas dois meses no bairro, aguardava um usuário de drogas deixar a praça para que pudessem brincar com sua filha pequena. Situação que evidencia o impacto direto da insegurança no cotidiano dos moradores.
Renato de Souza, de 59 anos, aposentado e morador da região há 15 anos, relatou que a presença de moradores de rua e dependentes químicos aumentaram após a desativação da rodoviária. "Depois que a rodoviária saiu daqui, os usuários tomaram conta e se espalharam pela região", afirmou.
Durante a entrevista, uma pessoa em situação de rua chegou a oferecer a remoção do lixo acumulado em troca de dinheiro. "Você quer pagar para tirar esse negócio aí?", questionou, reforçando o abandono da região pelo poder público.
Renato também criticou a incoerência entre as campanhas de combate à dengue e a realidade da sujeira acumulada. "O poder público fica fazendo campanha e não vira nada", disse. Ele destacou ainda que furtos de metais e invasões a prédios são frequentes. "Não podem ver um pedaço de metal de uma tampa de esgoto, tudo aberto. Invadem prédios para roubar cobre. Está um abandono isso".
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande para questionar se há previsão de algum mutirão de limpeza na região do Bairro Amambaí, mas até a publicação da matéria não houve retorno. O espaço segue aberto.
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