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Capital

Ameaçada, mulher que torturava menino tem de ser transferida

Flávia Lima | 24/02/2016 17:20
Ailton Stropa, diretor da Agência Penitenciária, pediu sigilo quanto ao local de transferência da mulher. (Foto:Divulgação)
Ailton Stropa, diretor da Agência Penitenciária, pediu sigilo quanto ao local de transferência da mulher. (Foto:Divulgação)

Após sofrer ameaças e resistência das presas do Instituto Penal Irmã irma Zorzi, em Campo Grande, a tia que confessou torturar o próprio sobrinho de apenas 4 anos precisou ser transferida para uma unidade prisional feminina do interior de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa Garcia, no momento da chegada da mulher ao Irma Zorzi, as presas, que já sabiam do caso ficaram revoltadas e deram início a uma manifestação, gritando e batendo as portas das celas.

Algumas chegaram a quebrar cadeados e a Agepen precisou pedir apoio à Polícia Militar, que ajudou a retirar as detentas das celas para realizar uma vistoria.

Mesmo ficando em uma cela individual, Stropa afirma que ela poderia correr risco de morte caso alguma presa conseguisse quebrar o cadeado da cela e promover uma invasão.

Por medida de segurança, Stropa pediu que a unidade para a qual a mulher foi transferida não seja revelado para evitar novas manifestações. "Depois dos primeiros dias as demais detentas acabam se acostumando", ressalta.

Nessa nova unidade prisional ela também ficará em uma cela individual. Já o seu marido foi levado para o Instituto Penal de Campo Grande, onde já ficam detentos que sofrem resistência dos demais encarcerados.

Quanto ao sobrinho do casal de 18 anos, preso em Aquidauana na tarde desta quarta-feira, Stropa disse que, caso seja decretada sua prisão preventiva, ele deve ficar na unidade prisional de Aquidauana.

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