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Capital

Ameaças a jornalistas têm de ser combatidas com rigor, diz sindicato

Anahi Zurutuza | 05/05/2017 17:04
Fabrício Freitas, dono da Planeta ABC, investigada pela Polícia Federal (Foto: Marcos Ermínio)
Fabrício Freitas, dono da Planeta ABC, investigada pela Polícia Federal (Foto: Marcos Ermínio)

Para o Sindjor-MS (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul), agressões ou qualquer atitude de ameaça contra jornalistas ou donos de veículos de comunicação devem ser punidas com rigor.

A presidente do sindicato, Marta Ferreira, prestou solidariedade ao empresário e jornalista Lucimar Couto, dono do Campo Grande News, que na manhã desta sexta-feira (5) foi ameaçado de morte e agredido verbalmente pelo empresário Fabrício Freitas, 41, proprietário da empresa Planeta ABC Soluções em Educação, suspeita de irregularidades em licitações investigadas na Operação Toque de Midas, da Polícia Federal.

“O STF [Supremo Tribunal Federal] acabou de dar uma decisão histórica vetando a retirada de um blog do ar por entender que a imprensa não deve sofrer censura. Nós, do Sindjor, entendemos, também, que qualquer atitude de ameaça a jornalistas, donos de veículos, relacionada ao conteúdo veículo, deve ser denunciada, combatida e punida com rigor”, afirmou Marta.

Agressão – Nesta sexta-feira, dois dias após notícias sobre a operação serem publicadas pelo jornal, Freitas chegou à sede do Campo Grande News pedindo para falar com o diretor. Minutos depois foi atendido e, já na sala da diretoria, passou a ameaçar Lucimar Couto.

Aos berros, Freitas dizia repetidamente que pretendia matar o dono do jornal. “Vou meter uma bala na sua cara”, disse.

Foi quando ele partiu para cima do diretor e chegou a derrubar o computador da mesa, momento em que foi contido pelo gerente da empresa, Samuel Echeverria, e outros funcionários.

A PM (Polícia Militar) foi chamada e levou Freitas à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O dono do jornal, o gerente e uma funcionária ferida foram à delegacia para prestar queixa.

A empresa de Freitas é suspeita, segundo a Polícia Federal, de integrar esquema para fraudar licitações de compras de livros didáticos e kits escolares à prefeitura de Paranhos, município 469 km ao sul de Campo Grande.

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