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Capital

Ao saber que filha foi estuprada, pai cobrou "pagamento" em drogas

Pai e madrasta que deixaram menina em local de uso de drogas vão responder por abandono

Ana Beatriz Rodrigues | 14/09/2022 19:35
Delegada Daniella Kades responsável pelo o caso (Foto:Paulo Francis)
Delegada Daniella Kades responsável pelo o caso (Foto:Paulo Francis)

Pai e a madrasta da menina de 12 anos que foi estuprada em ponto de uso de drogas vão responder por abandono de incapaz e a Depca (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento de Proteção à Criança e ao Adolescente) vai investigar o casal por maus-tratos.

De acordo com a delegada, Daniella Kades, o abuso aconteceu após a madrasta deixar a menina sozinha no local onde estavam os agressores. Na noite de quinta-feira (8), conforme investigado, a menina chegou por volta das 20h em casa e o pai mandou ela ir atrás da madrasta, que estava sumida o dia todo. Como a menina sabia que a mulher era dependente química, foi direto nas bocas de fumos e “biqueiras” - local de uso de drogas - que existem no bairro.

Em depoimento especial, a criança contou que a madrasta mandou que ela ficasse em frente ao um dos locais de consumo de drogas e sumiu novamente. Foi nesse momento que os adolescentes a puxaram para dentro do imóvel.

Na “biqueira” a menina foi forçada a beber. Ela contou que lhe deram um líquido cor de rosa que a deixou “meio doida” e em determinado momento, um adolescente de 16 anos, a levou para o quarto, trancou a porta com uma cadeira e a estuprou. Ela disse que gritou por socorro, mas ninguém apareceu.

Por volta das 4h horas, o pai da garota foi ao local e ainda tentou “negociar” a filha, exigindo drogas em troca do “tempo” que ela havia passado com os adolescentes. “Foi quando ele [o pai] ficou bravo e saiu arrastando a menina”, explicou a delegada, comentando que a criança estava sem se alimentar há dias e bastante machucada.

Apreendido, o adolescente de 16 anos alega que teve relação sexual consentida com a menina. Ele está em Unei (Unidade Educacional de Internação). Os outros dois foram ouvidos e liberados.

Agora, o caso ficará sob responsabilidade da Depca, e por decisão judicial, a menina está com uma vizinha, que obteve guarda temporária da vítima.

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