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Capital

Apesar de medo, moradores afirmam que homem executado vendia drogas em bairro

Anderson Vicente Chagas, 45, tinha extensa ficha criminal e era réu por homicídio, ocorrido em junho de 2017

Por Dayene Paz e Kamila Alcântara | 30/03/2024 11:50
Fita zebrada na calçada onde vítima foi baleada e morreu. (Foto: Juliano Almeida)
Fita zebrada na calçada onde vítima foi baleada e morreu. (Foto: Juliano Almeida)

Apesar de relatarem medo após a execução de Anderson Vicente Chagas, de 45 anos, conhecido como "Baygon", na noite desta sexta-feira (29), no Bairro Cohab, em Campo Grande, moradores afirmam que o homem vendia drogas na região. Baygon era réu por homicídio e tinha diversas passagens criminais, abrindo grande leque de autoria e motivações para a execução dele.

No bairro visto como tranquilo, poucos moradores aceitaram falar com a reportagem do Campo Grande News na manhã deste sábado (30). "Sei que ele [Baygon] vendia drogas e recentemente comprou um terreno ali para baixo. Acho que tinha planos de construir e vender, mas continuava com as drogas. Sei porque meu pai é usuário e comprava dele", disse um morador.

Vizinhos afirmam que Anderson estava há pouco tempo na região. "Tentou abrir lava a jato e borracharia, mas estava parado. Ele não fez mal a ninguém aqui", diz outro morador da Cohab.

Baygon tem passagens por posse irregular de arma de fogo, ameaça, injúria, furto qualificado e portar drogas para consumo. Em 2017, foi denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de Hugo Pereira dos Santos, ocorrido na BR-262 - sentido do Bairro Moreninhas à cidade de Sidrolândia.

Para o MP, Baygon agiu junto com outros três homens, quando entraram na casa onde a vítima residia, na invasão da Homex, e a colocaram em um veículo Fiat Pálio. "Neguinho, neguinho, cadê você? Nego safado talarico”, diziam os autores na frente dos dois filhos de Hugo.

Após deixarem o local, os autores seguiram até a rodovia, onde mais tarde Hugo foi encontrado ferido por tiro no pescoço. Testemunha que passava no momento o ajudou, mas não houve tempo de socorro e Hugo morreu.

Quatro envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público pelo crime de homicídio. No processo, não fica clara a motivação do assassinato de Hugo, mas é nítida a participação de faccionados. Isso porque um dos acusados, Edi Carlos Pereira da Silva, o "Ded" ou "PCC", segundo o documento, "batizou" Baygon na facção criminosa. Também surgiu a informação de crime passional, pois Baygon estava com ciúmes da namorada.

Execução - Anderson foi executado na frente de uma residência da Avenida Souza e Lima com a Rua Odorico Mendes, na noite de ontem, 29 de março. Ele tentou correr de dois homens, mas caiu e foi alvejado por mais de 10 tiros, que atingiram as costas, axilas, tórax e principalmente a cabeça.

Próximos ao corpo da vítima foram achados 12 estojos percutidos e deflagrados de munição calibre 9 milímetros, além de seis fragmentos e projéteis.

Uma segunda vítima foi atingida de raspão na perna durante a execução, sendo socorrido por moradores e encaminhado por meios próprios à UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

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