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Capital

Executado na Cohab, "Baygon" era acusado de matar homem com tiro no pescoço

Homem acumulava diversas passagens pela polícia e foi "batizado" por facção criminosa

Por Dayene Paz | 30/03/2024 10:21
Policial em local onde vítima foi baleada. (Foto: Juliano Almeida)
Policial em local onde vítima foi baleada. (Foto: Juliano Almeida)

Executado com mais de 10 tiros na noite desta sexta-feira (29), no Bairro Cohab, em Campo Grande, Anderson Vicente Chagas, de 45 anos, conhecido como "Baygon", tinha extenso histórico criminal. Ele chegou a ser denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de Hugo Pereira dos Santos, ocorrido em junho de 2017, na BR-262 - sentido do Bairro Moreninhas à cidade de Sidrolândia.

Para o MP, Baygon agiu junto com outros três homens, quando entraram na casa onde a vítima residia, na invasão da Homex, e a colocaram em um veículo Fiat Pálio. "Neguinho, neguinho! Cadê você Nego safado? Talarico!”, diziam os autores na frente dos dois filhos de Hugo.

Após deixarem o local, os autores seguiram até a rodovia, onde mais tarde Hugo foi encontrado ferido por tiro no pescoço. Testemunha que passava no momento o ajudou, mas não houve tempo de socorro e Hugo morreu.

Quatro envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público pelo crime de homicídio. No processo, não fica clara a motivação do assassinato de Hugo, mas “é nítida a participação de faccionados”, conforme a acusação. Isso porque um dos acusados, Edi Carlos Pereira da Silva, o “Ded” ou “PCC”, segundo o documento, “batizou” Baygon, marca famosa de inseticida, na facção criminosa.

Não há explicação sobre o apelido, que pode ter relação com a função dada ao então novo integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). É comum que recém-chegados tenha de cometer assassinatos durante os chamados tribunais do crime para provar a capacidade de integrar o elenco da organização criminosa.

Ainda durante a investigação sobre o assassinato surgiu a informação de crime passional, pois Anderson Vicente teria ciúmes da namorada com a vítima.

Além do homicídio, Baygon tem passagens por posse irregular de arma de fogo, ameaça, injúria, furto qualificado e portar drogas para consumo.

O homem executado em 2017 também acumulava passagens pela polícia. Em 2012, Hugo foi autuado por lesão corporal durante uma briga e em outra ocasião por ter agredido a esposa. Em 2014, foi acusado de ameaça e em março do ano que morreu, pela invasão de um terreno.

Execução - Anderson foi assassinado na frente de uma residência da Avenida Souza e Lima com a Rua Odorico Mendes, na noite de ontem. Ele tentou correr de dois homens, mas caiu e foi alvejado por mais de 10 tiros, que atingiram as costas, axilas, tórax e principalmente a cabeça.

Próximos ao corpo da vítima foram achados 12 estojos percutidos e deflagrados de munição calibre 9 milímetros, além de seis fragmentos e projéteis. Uma segunda vítima foi atingida de raspão na perna durante a execução, sendo socorrido por moradores e encaminhado por meios próprios à UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

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