Após assassinato, Santuário cobra segurança
Ontem, flanelinha foi morto esfaqueado e caiu na escadaria da igreja
Após o assassinato do flanelinha Israel dos Santos Nunes, de 48 anos, durante briga por ponto de estacionamento, o Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, clama por reforço na segurança. O homicídio ocorreu na noite desta quarta-feira (19) e Israel caiu na escadaria da igreja, que estava lotada, pois às quartas são realizadas as tradicionais novenas.
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Após o assassinato de Israel dos Santos Nunes, de 48 anos, em uma briga por ponto de estacionamento, o Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, pede reforço na segurança. O crime ocorreu durante uma novena, quando a vítima, esfaqueada, tentou buscar ajuda na igreja, mas morreu na escadaria. O santuário lamenta a perda e destaca a necessidade de políticas públicas de assistência social e policiamento mais frequente, devido ao aumento de moradores de rua e usuários de drogas na região, que geram insegurança entre fiéis e moradores.
O padre Reginaldo Padilha, reitor da Perpétuo Socorro, explicou que a briga aconteceu fora do santuário. Israel, ao ser esfaqueado, correu no intuito de pedir ajuda dentro da igreja, mas caiu na escadaria. Informações são de que Israel cuidava carros no entorno da igreja. Ele não resistiu e morreu no local.
Em nota, o santuário lamentou o ocorrido. "Essa triste perda de uma vida reforça a necessidade de medidas urgentes por parte das autoridades. É essencial o desenvolvimento de políticas públicas de assistência social que promovam dignidade e inclusão para essas pessoas".
Ainda, pediu reforço no policiamento. "Necessita de rondas ostensivas mais frequentes da Polícia Militar. O número de pessoas em situação de rua tem aumentado consideravelmente, especialmente nos dias de maior fluxo e nos horários de missa, quando buscam apoio na solidariedade dos fiéis".
Insegurança - O número de moradores de rua e usuário de drogas que ficam na região aumentou e, junto, a insegurança de quem reside no bairro e também dos fiéis. "Dificilmente vejo policiamento aqui. Venho sempre nas novenas às quartas e na missa às quintas. Eu sou particularmente contra os flanelinhas e aqui, principalmente na quarta-feira, tem muito", comentou a veterinária Beatriz Cristina, de 43 anos.
Com medo, ela começou a frequentar a igreja pela manhã. "Eu venho de dia por conta da falta de policiamento", finalizou.
Outra fiel comentou que já flagrou até furto de fios na região, a poucos metros de soldados do Exército, que ficam na quadra de cima. "Dois caras estavam, na terça-feira, furtando fio ali, tranquilamente. Dois soldados até viram, mas não fizeram nada. Toda vez que venho, sinto insegurança de deixar o carro", comentou.
Morador da região, professor de 44 anos, conversou com o Campo Grande News e disse conhecer todos os rapazes que ficam cuidando carros no entorno da igreja. "O complicado é que tem pessoal que vem da rodoviária, eles sabem que aqui, na quarta, é lotado por causa da novena, que é cheia. Querem roubar, enquadrar os fiéis, pedir dinheiro. Às vezes arrumam problemas com quem não quer pagar flanelinha".
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