Após cancelar licitação, prefeitura promete construir 200 km de ciclovia
A Prefeitura mantém a proposta de ampliar as ciclovias em Campo Grande, apesar de ter cancelado a licitação para construir novas vias para as bikes, realizada na gestão passada. Hoje são cerca de 80 quilômetros de vias para os ciclistas. O município já tem recurso para construir mais 20 quilômetros e tem como meta chegar a, no mínimo, 200 km de ciclovias.
O titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, comenta que a licitação que foi cancelada pela prefeitura não irá afetar construção de novas ciclovias na cidade. “Era uma licitação da gestão passada, que resolvemos cancelar, mas não irá afetar a criação de novas vias. No PAC Pavimentação já está separados recursos para a construção das vias para os ciclistas”, explica.
Segundo ele, o projeto quer interligar os bairros com ciclovias, além de colocar bicicletário nos terminais. “Queremos interligar bairros através das ciclovias, também queremos construir bicicletário nos terminais de ônibus, para que o ciclista possa ir de bicicleta até o ponto. Isso para incentivar as pessoas a andar de bicicleta, que é um meio que não polui e ajuda no exercício físico”, comenta Semy.
Eles também já percorreram as vias da Afonso Pena para saber o que deve ser feito para melhorar as vias. “Temos projetos de adequação para a ciclovia da Afonso Pena. O vereador Eduardo Romero, junto com um grupo de ciclistas, percorreu a avenida e escreveu um relatório falando sobre as adequações que devem ser feitas ali. Principalmente no cruzamento da Afonso Pena com a rua Ceará”, relata o secretário.
Associação - Os ciclistas que percorrem a cidade, gostam muito das vias. Segundo o presidente da Associação dos Ciclistas Amadores de Mato Grosso do Sul, Clemêncio Frutuoso Ribeiro, houve um aumento de 30% de ciclistas na Capital, depois que as ciclovias foram construídas.
Porém, ele acha que é preciso mais. “Melhorou bastante, pois tem muita gente pedalando hoje, mas ainda faltam algumas coisas, como a interligação dos bairros com o centro da cidade e construir mais ciclovias”, comenta Ribeiro.
Ciclistas - Para quem utiliza a bicicleta todos os dias, a ciclovia foi muito importante, como para Edvaldo de Jesus, 34 anos. “Eu vou todo o dia para o trabalho, agora eu estou saindo do trabalho, A melhor coisa que foi feita foram estas ciclovias”, observa.
Ele veio da Bahia e diz que na antiga cidade não havia estas vias especiais para os ciclistas, e que ajuda a prevenir acidentes. “Foi muito bom isso. Porque se andarmos no meio dos carros é muito perigoso, então isso foi uma benção”, comenta Edvaldo.
O empresário José Rogério Facre, 57, usa a bicicleta como um esporte. Ele vai todos os dias para a loja de bicicleta, mesmo o filho dele indo de carro para o mesmo lugar. E acha muito importante as ciclovias na cidade. “Eu percorro sete quilômetros todos os dias, há um ano e meio, e acho importantíssimas as ciclovias”, garante.
Mesmo assim ele ainda acha que poderiam melhorar alguns pontos destas vias. “Eu acho que deveriam ter mais ciclovias, principalmente nos bairro. Pois temos muitos adeptos hoje”, comenta o empresário.
Os que são de outro país também se surpreenderam com a qualidade das vias da cidade, como Jorge Manoel Caceres, 31, que veio de Asunção (PY), e mora na cidade há quatro anos. Ele já percorre as ciclovias há dois anos e demora em torno de 30 minutos para chegar ao trabalho, e acha que as vias são muito boas. “Acho muito bom, não tem nada que precise melhorar. Os motoristas respeitam muito a gente”.