ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Após chegada do Bope e revolta, presos descem de caixa d'água

Liniker Ribeiro e Bruna Kaspary | 13/07/2018 12:07
Detentos descendo da caixa d'água após protesto (Foto: Saul Schramm)
Detentos descendo da caixa d'água após protesto (Foto: Saul Schramm)

A chegada de três viaturas do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) ao IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) provocou alvoroço entre os três presos que protestavam desde o início da manhã em cima da caixa d'água da unidade de segurança. Porém, não foi preciso intervenção das equipes nas negociações. Os detentos acabaram descendo por conta própria após pouco mais de 4 horas de manifestação. 

Sem água e comida, além de expostos ao sol, o trio exigia a presença de profissionais da imprensa e de Direitos Humanos, mas após passarem mal, decidiram encerrar o protesto. Os presos chegaram a retirar as camisetas e colocar dentro do reservatório para molhar e, assim, se hidratarem.

Apesar das condições, ainda não há informação do que provocou o fim das manifestações. "Não sabemos o que motivou a descida, porém as equipes estavam apenas como suporte técnico, afirmou o major Wilmar, do Bope. 

Informações apuradas pelo Campo Grande News indicam que ao menos quatro especialistas em negociações do Bope estiveram no local. Equipes da administração e do Cope (Comando de operações penitenciárias da Agepen) negociavam com o trio desde de pouco antes das 8h.

Até o momento não há informação de como os detentos conseguiram acesso ao reservatório, mas a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que investigará como isso aconteceu. Câmeras de segurança da unidade de segurança serão usadas na investigação.

Além disso, a agência informou que a presença do Bope foi solicitada apenas por precaução, já que a negociação que resultou na descida dos detentos foi feita por agentes penitenciários. O representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul), Cristofer, também esteve no local. A agência também não confirmou a presença da polícia civil.

*Matéria editada para acréscimo de informações às 15h04.

Nos siga no Google Notícias