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Capital

Após denuncia de grávida, Santa Casa diz que paciente não corria risco

Segundo prestação de serviço, exame seria feito apenas para acalmar paciente

Clayton Neves | 15/03/2022 15:11
Chimene tem 31 anos e está grávida de oito meses. (Foto: Arquivo Pessoal)
Chimene tem 31 anos e está grávida de oito meses. (Foto: Arquivo Pessoal)

Após denúncia de uma gestante expondo falta de profissional e espera de horas para fazer exame de ultrassonografia na Santa Casa de Campo Grande, o plano médico Santa Casa Saúde/Plural Saúde informou que, na ocasião relatada pela denunciante, a grávida foi avaliada por equipe de saúde que descartou eventual risco para ela ou para o bebê.

Em nota, a empresa prestadora de serviço alegou que a gestante, a bacharel em Direito Chimene Nascimento dos Santos, de 32 anos, chegou no hospital às 13h30 e meia hora depois já foi chamada ao centro obstétrico.

“Sendo prontamente atendida pelo médico competente, que fez sua avaliação clínica e a escuta dos batimentos fetais não sendo, naquele momento, identificado quaisquer riscos à saúde ou vida da mesma ou de seu bebê”, diz o texto.

De acordo com o Santa Casa Saúde/Plural Saúde, o ultrassom foi pedido para “ratificar sua avaliação clínica, bem como, acalmar a paciente”. A direção afirma que, por ser final de semana e o quadro não apresentar risco, Chimene “deveria aguardar um pouco mais para realizar o referido exame”, garantindo  a ela “que seria realizado no mesmo dia”.

“Mesmo tendo sido prontamente acolhida, atendida e esclarecida pela equipe do hospital, a paciente, por conta própria, decidiu evadir-se do Pronto Atendimento sem realizar o exame”, completa a nota.

O plano médico não informou porque não havia um profissional de plantão para fazer o exame. O caso está em investigação na ouvidoria da Santa Casa.

O caso - Mesmo pagando plano de saúde há 2 anos, a bacharel em direito Chimene Nascimento se viu obrigada a pagar R$ 420 por exame de ultrassonografia que, segundo ela, foi solicitado às pressas. O pedido foi feito depois de a gestante ficar 4 dias sem movimentação fetal.

Grávida de oito meses, a paciente afirma que no último sábado (12), foi atendida pelo obstetra que a acompanha e o médico solicitou alguns exames que deveriam ser feitos o mais rápido possível.

Com os pedidos em mãos, ela foi até a Santa Casa, onde é atendida pelo plano Santa Casa Saúde/Plural Saúde. No hospital, Chimene foi informada por enfermeiras que o profissional responsável pela ultrassonografia ficava em casa de sobreaviso durante os finais de semana. "Disseram que ele só ia pra lá quando uma determinada quantidade de mães estivesse aguardando", relata.

Na ficha de atendimento, registro revela que a bacharel em Direito chegou na unidade de saúde às 13h26. Ela esperou até às 17h e não conseguiu ser atendida. Sem previsão para ser recebida pelo especialista e diante da urgência do caso, a gestante afirma que se viu obrigada a procurar uma clínica particular, onde pagou R$ 420 pelo ultrassom.

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