ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Cansada de esperar médico por 4 horas, grávida paga R$ 450 por exame de urgência

Pedido de exame foi feito depois de a gestante ficar 4 dias sem movimentação fetal

Clayton Neves | 14/03/2022 15:22
Chimene tem 31 anos e está grávida de oito meses. (Foto: Arquivo Pessoal)
Chimene tem 31 anos e está grávida de oito meses. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mesmo pagando plano de saúde há 2 anos, a bacharel em Direito Chimene Nascimento dos Santos, de 32 anos, se viu obrigada a pagar R$ 420 por exame de ultrassonografia solicitado às pressas. O pedido foi feito depois de a gestante ficar 4 dias sem movimentação fetal.

Grávida de oito meses, a paciente afirma que no último sábado (12), foi atendida pelo obstetra que a acompanha e o médico solicitou alguns exames que deveriam ser feitos o mais rápido possível. “No início, minha gravidez foi de risco e tive sangramentos por três semanas. Ele pediu os exames para se certificar de que estava tudo bem”, explica.

Com os pedidos em mãos, ela foi até a Santa Casa, onde é atendida pelo plano Santa Casa Saúde/Plural Saúde. No hospital, Chimene foi informada por enfermeiras que o profissional responsável pela ultrassonografia ficava em casa de sobreaviso durante os finais de semana. "Disseram que ele só ia pra lá quando uma determinada quantidade de mães estivesse aguardando", relata.

Na ficha de atendimento, registro revela que a bacharel em Direito chegou na unidade de saúde às 13h26. Ela esperou até às 17h e não conseguiu ser atendida. Sem previsão para ser recebida pelo especialista e diante da urgência do caso, a gestante afirma que se viu obrigada a procurar uma clínica particular, onde pagou R$ 420 pelo ultrassom.

“Quando saí de lá deixei outra mãe que era atendida pelo SUS e tinha chegado antes de mim. Infelizmente, ela teve que esperar, porque não tinha o que fazer”, pontua.

Revoltada, Chimene diz que vai entrar com ação na Justiça solicitando o ressarcimento do valor e pedir indenização por danos morais. “As mamães chegam passando mal e correm risco de perder seu filho ali dentro do hospital por falta de atendimento médico específico. É constrangedor e ninguém merece passar por isso”, finaliza.

O Campo Grande News entrou em contato com o plano Santa Casa Saúde/Plural Saúde questionando sobre o episódio e aguarda retorno.

Nos siga no Google Notícias