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Capital

Após jovem dizer que abortou porque quis, mãe e pedreiro são inocentados

Os jurados aceitaram os argumentos da defesa e entenderam que os acusados não obrigaram a jovem a abortar

Adriano Fernandes | 30/08/2022 16:37
Imagens dentro do tribunal não foram autorizadas, durante o julgamento. (Foto: Henrique Kawaminami)
Imagens dentro do tribunal não foram autorizadas, durante o julgamento. (Foto: Henrique Kawaminami)

Levados a julgamento nesta terça-feira (30), por terem provocado o aborto em uma adolescente de 17 anos, pedreiro de 44 anos e a mãe da vítima, uma consultora de 43 anos, foram absolvidos pelo conselho de sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri, de Campo Grande.

Na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), consta que a consultora descobriu a gravidez da filha, no dia 7 de março de 2017. A mãe da jovem então procurou o pedreiro, amigo da família, que com a ajuda de uma enfermeira recorreu a um traficante, com quem compraram pílulas do medicamento abortivo Cytotec.

Na segunda tentativa, a jovem abortou e o feto foi enterrado no quintal da casa da família, com ajuda do pedreiro. O caso foi descoberto depois que a jovem contou para o namorado o que havia ocorrido.

Durante o julgamento de hoje a própria jovem, hoje com 22 anos, disse que abortou por vontade própria. “Não era gravidez desejada”, afirmou. Segundo ela, vivia relacionamento abusivo com rapaz 10 anos mais velho e que também não queria a gravidez.

Por fim, os jurados aceitaram os argumentos da defesa e entenderam que os acusados não obrigaram a jovem a abortar. No júri de hoje, estavam apenas a mãe da jovem e o pedreiro. A enfermeira e “Fefe da Pedra” vão ser julgados posteriormente apenas por tráfico de drogas.

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