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Capital

Após polêmica, CDL defende internação como tentativa de sensibilizar autoridades

A iniciativa surgiu como forma de reduzir incidência de crimes na região central

Geisy Garnes | 27/02/2019 18:05
Morador de rua na calçada de uma farmácia da 14 de julho (Foto: Arquivo/André Bittar)
Morador de rua na calçada de uma farmácia da 14 de julho (Foto: Arquivo/André Bittar)

A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) afirmou que o abaixo-assinado que pede a internação compulsória de usuários de drogas tem o objetivo de sensibilizar as autoridades para o problema social no centro de Campo Grande. A iniciativa de comerciantes e moradores da região causou polêmica e até manifestações contra a medida.

Em nota a CDL defendeu que a iniciativa tem como objetivo “encontrando uma solução humanitária para a situação”. Segundo a entidade, as pessoas que vivem nas ruas da cidade são tratadas de forma desumana e sem apoio. “Transformando-se num grave problema de segurança, pois ao invés de serem atendidas, são denunciadas à polícia”.

"A entidade refuta veementemente a falsa ideia de eugenia, pois em nenhum momento o objetivo do movimento foi o de buscar ajuda para as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social, seja por meio de tratamento para problemas com drogas, por meio de auxílio para aqueles que desejam voltar ao seu local de origem ou encaminhamento ao mercado de trabalho, se comprometendo, inclusive a fornecer curso de capacitação graciosamente aos interessados".

Depois que a proposta foi divulgada, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de MS), o Cress (Conselho Regional de Serviço Social) e o Crefito, se manifestaram contra a internação compulsória afirmando que a medida fere direitos fundamentais. A iniciativa da CDL surgiu como forma de reduzir incidência de crimes na região central.

A entidade encerrou a nota lamentando as "eventuais interpretações equivocadas" do objetivo do movimento e ainda pediu desculpa "àqueles que se sentiram atingidos".

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