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Capital

Após promessa da prefeitura, mães voltam à Câmara para cobrar medicamentos

Há 2 meses gestão foi pressionada para resolver situação; elas pedem fraldas, suplementos e leites especiais

Por Natália Olliver e Caroline Maldonado | 08/08/2024 11:47
Joelma Belo voltou à Câmara para cobrar medicamentos (Foto: Caroline Maldonado)
Joelma Belo voltou à Câmara para cobrar medicamentos (Foto: Caroline Maldonado)

Dois meses após a última pressão, feita por mães de crianças com deficiência à prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), grupos voltaram à Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (8), para implorar aos parlamentares que resolvam a falta de insumos básicos para as crianças no município. Elas pedem fraldas e suplementos básicos como leites especiais e medicamentos.

Em junho o grupo pressionou a gestora municipal, que prometeu resolver a questão ainda naquele mês. Na ocasião, foi expedida uma nota de empenho e compra dos insumos pela prefeitura, que até o momento não aconteceu, segundo elas. As mães comentam que se sentiram enroladas.

Joelma Belo, de 44 anos, é mãe da Maria Valentina, portadora da Síndrome de Cornélia de Lange. Devido a condição genética da menina, ela precisa de leites especiais e usa as fraldas ininterruptamente.

“Os leites de alto custo, que as mães usam, que os filhos usam eles não compraram, não adquiriram. Eles falaram que não vão adquirir, ou seja, as crianças que fazem uso de leite restrito de alto custo, eles não vão ter. Veio fralda adulta, tamanho p e m somente”.

Elisângela Silva de Souza, de 41 anos, explicou que o filho de 8 anos sofre com cardiopatia e que precisa de medicamentos específicos, alguns adquiridos por recursos judiciais.

“Ele é portador de marcapasso, tem uma prótese na aorta e ele precisa de suporte de vida dele, a dieta dele, que é o Neo Forte está sem. Há dois anos eu não pego pelo CEM, só via liminar. É R$ 230 por mês a dieta dele”.

Além do menino, Elisângela tem uma filha de 3 anos que também precisa de suplementação adequada, ela tem alergia à proteína do leite. “

Ela faz uso de uma dieta que chama a Pitamio Pept, pro expert, que custa R$ 270. Então, o tipo, a dieta, a fralda que chegou lá não me favorece, não tem o que eu preciso. Agente deixa nossos filhos em casa grave, pra estar saindo de casa, pra estar lutando pelo direito deles, que é coisas que eles deveriam fornecer se a gente precisar brigar".

Protestos - Em março, as mães saíram duas vezes às ruas para protestar e cobrar a prefeitura. Na primeira vez, elas se reuniram em frente ao Paço Municipal e na segunda foram ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Na terceira foi na Câmara Municipal, onde voltaram nesta quinta, pela 4ª vez.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) respondeu, por meio de nota, que já vem atendendo os pedidos caso a caso e as fraldas já estão sendo distribuídas, assim como o leite em pó e as dietas restritivas dos pacientes.

"A Pasta ressalta ainda que aguarda o término do processo para a compra das dietas específicas. Na próxima semana está agendada uma reunião entre a Secretaria Municipal da Saúde e o grupo de mães para que as fases do processo sejam explicadas", diz a nota.

Matéria editada às 9hh29 de sexta-feira (dia 9) para acrécimo da nota da Sesau.

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