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Capital

Mães fazem pressão e prefeita promete resolver distribuição de fraldas

Na Câmara, Adriane Lopes garantiu que será realizada reunião na Sesau nesta tarde

Por Jéssica Fernandes e Caroline Maldonado | 18/06/2024 12:10
Mães voltaram à Câmara Municipal para protestar nesta terça-feira (18). (Foto: Caroline Maldonado)
Mães voltaram à Câmara Municipal para protestar nesta terça-feira (18). (Foto: Caroline Maldonado)

Mães de crianças com deficiência voltaram à Câmara Municipal nesta terça-feira (18) para reivindicar a distribuição de fraldas, remédios e outros suplementos por parte da Prefeitura de Campo Grande. Dessa vez, o grupo foi atendido pela prefeita Adriane Lopes (PP) que garantiu que a situação será resolvida ainda hoje.

Ontem, o Campo Grande News mostrou o terceiro protesto feito pelo grupo que desde março cobra que a prefeitura cumpra com a liminar da Justiça que garante o provimento de itens de higiene e alimentação. Na ocasião, 10 mães pediram que os vereadores fiscalizem o motivo da gestão não estar cumprindo com a decisão.

Na sessão de hoje, o grupo voltou em maior número acompanhado pelos filhos. A prefeita Adriane Lopes (PP) estava na Câmara para acompanhar a votação de projeto que deve criar mais vagas na área da educação e foi cercada pelo grupo de mães que cobraram uma posição.

Grupo de mães cercou prefeita Adriane Lopes (PP). (Foto: Caroline Maldonado)
Grupo de mães cercou prefeita Adriane Lopes (PP). (Foto: Caroline Maldonado)

Em conversa com algumas das mães, a prefeita garantiu que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). irá receber o grupo hoje à tarde para uma reunião. “Nós vamos resolver às 15h de hoje”, destaca Adriane Lopes.

Entre as mães presentes estava a presidente da Amade (Associação de Mães de Pessoas com Deficiência), Maria de Souza Ferreira, de 55 anos, que tem uma filha de 14 anos diagnosticada com Síndrome de Down.

Ela relata que tem 100 mães no grupo que não recebe há  dois anos o que é de direito. “É muito difícil porque você vê quanto custa um pacote de fralda para uma mãe que recebe BPC. [...]  A maioria das mães de pessoas com deficiência são mães solos. Todos [processos] judicializados e mesmo assim não recebem”, afirma.

Maria da Penha, de 66 anos, tem uma neta de 16 anos com paralisia cerebral que depende da cadeira de rodas para se locomover. Há cinco meses, ela não consegue pegar com o município as fraldas que a neta precisa.

Há quatro meses, ela tem gasto em média R$ 400 por mês com o material.  “Ela usa mais a fralda, mas tem outras coisas que ela precisa. Então, a gente está tentando, nós já tentamos ir lá na prefeitura. A gente quer solução”, destaca

Desde 2014, Eliane Ferreira de Souza tem remédios e fraldas garantidos pelo município, mas neste ano a situação mudou. De lá para cá, a artesã tem que custear remédios que custam R$ 135 e fraldas. Os gastos com a filha autista grau 1 ultrapassam R$ 600 mensais.  Após ouvir da prefeita sobre a reunião, ela relata que irá ver se a situação pode mudar. “Vamos esperar pra ver, a gente espera que seja resolvido”, fala.

Através de nota enviada ontem, a Sesau informou que possui dois processos em fase de finalização para aquisição de fraldas e fórmulas infantis.

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