Após sequestro de enfermeira, funcionários cobram segurança perto de hospital
A insegurança é rotina para quem trabalha na Santa Casa de Campo Grande ou no entorno. Dentro dos pátios do hospital, o acesso é irrestrito, já que as portarias geralmente ficam desguarnecidas. Do lado de fora, pouca iluminação e estabelecimentos comerciais que fecham à noite tornam a região praticamente deserta.
Depois de técnica de enfermagem que trabalha no hospital relatar ter sido sequestrada no local e passar quatro horas sob a mira de assaltantes, acendeu-se o alerta e na chegada ou saída da unidade hospitalar, com diversos relatos de roubos e furtos.
Há seis anos trabalhando na Santa Casa, mulher de 50 anos que saía do serviço na tarde de hoje pelo acesso na Rui Barbosa contou que sabe de diversos casos de colegas que foram vítimas dos ladrões.
“Teve uma vez que a menina foi assaltada era umas 18h40 da tarde, ou seja, horário ainda com algum movimento. Ela estava na rampa, saindo do hospital. O cara empurrou ela e teve até uma lesão na mão”, lembrou.
Para ela, tanto o interior dos pátios do hospital quanto as ruas no entorno deveriam ser mais iluminadas. “Direto o pessoal comenta que foi assaltado”, lamenta.
Aos 20 anos, outra funcionária que pediu para não ser identificada disse que trabalha lá há um ano e meio e reclamou bastante da segurança. “Diz que tem porteiros aqui, mas nunca ficam no devido lugar. Aqui é tudo aberto, entra quem quer”, ressaltou, enfatizando que “a gente fica com medo porque seja funcionário ou não, pode entrar”.
A jovem disse também que os relatos de colegas roubados é frequente. “Meu amigo deixava a moto dele do lado de fora do hospital e levaram”.
Também trabalhadora na Santa Casa, mulher de 44 anos relatou que na região há muitos andarilhos, o que agrava o problema. “Um dia minha filha estava andando, veio um e deu um tapa nela, do nada”, contou. Ela trabalha há 11 anos no hospital e diz que nesse tempo ouviu muitas histórias de gente que perdeu moto ou foi assaltada.
E na região, nem mototaxista tem sossego. Há três anos em ponto perto do hospital, mototaxista contou que foi assaltado uma vez, enganado por falso cliente que dizia precisar buscar documento em casa para alta da mulher. O trabalhador foi parar na MS-040, quando foi rendido com uma faca, perdendo carteira com R$ 200,00 e um celular.
“Mas também já levei muita gente daqui pra delegacia, pra prestar queixa porque teve o carro ou a moto roubados”, enfatiza.