Após sete anos, coleta de lixo muda de mãos na Capital
Serviço começou na madrugada. Contrato entre Prefeitura e consórcio tem vigência de 25 anos e valor anual de R$ 52,1 milhões
Após sete anos sob o comando da Financial Ambiental, a coleta de lixo em Campo Grande começou a ser feita nesta quarta-feira pela CG Solurb Soluções Ambientais. O consórcio, que incluiu a Financial, vai fazer o trabalho por 25 anos e valor anual do contrato é de R$ 52,1 milhões.
O serviço começou na madrugada e no início da manhã, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o superintendente da Solurb, Élcio Terra, e o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo, foram ao Parque do Sóter, na região da Mata do Jacinto, conferir o trabalho.
“A partir daqui começa nova era para a coleta, novo tempo para o trabalho de adequação do lixo e novo tempo para Campo Grande”, disse o prefeito. Ele explica que a coleta iniciada nesta quarta-feira é resultado de operação que começou em 2009. “Concluímos a última etapa do processo de coleta e destinação do resíduos sólidos e primeiro passo para fechar o lixão, que ocorrerá antes do Natal”.
Cabe à Solurb, além de coletar os resíduos sólidos, fazer o trabalho seletivo, de carcaças, fechar o atual lixão, que, de acordo com o secretário Marcos Cristaldo, “é o maior impacto ambiental de Campo Grande”.
Além de fechar o lixão, a Solurb terá que ativar o aterro sanitário e construir mais um. Também é obrigação do consórcio recolher lixo hospitalar de unidades administradas pela Prefeitura.
De acordo com o secretário, o processo de fechamento do atual lixão, que fica na saída para Sidrolândia, “é longo e demorado porque envolve várias situações”, mas, hoje “começa nova era no tratamento e destinação do lixo”. “Nós somos a segunda cidade a fechar o lixão, atrás somente do Rio de Janeiro”, declarou.
Contrato – A Prefeitura e a Solurb oficializaram o serviço em outubro. O contrato tem duração de 25 anos. Ao todo, a Prefeitura irá pagar R$ 1,3 bilhão para a empresa ao longo do contrato.
A assinatura do convênio vai contra várias ações judiciais movidas com o objetivo de impedir a conclusão da licitação milionária. Um dos questionamentos era o fato do contrato ser firmado às vésperas da troca de administração da Prefeitura.
Na disputa pelo serviço estava a HFMA Resíduos Urbanos, composto pelas empresas Heleno Fonseca Construtécnica S/A (empresa líder), Agrícola e Construtora Monte Azul e Monte Azul Engenharia. O grupo é de São Paulo.
A última licitação do lixo havia sido realizada em 2005, quando o serviço, após 24 anos, passou da Vega Ambiental para a Financial. À época, o edital foi lançado no valor de R$ 70 milhões.