Apreensões da PF ocorrem em pelo menos três endereços da Capital
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As apreensões da Operação Nevada, da Polícia Federal, ocorrem esta manhã em pelo menos três endereços diferentes na Capital. Os policiais federais estão na rua Serra Nevada, no Chácara Cachoeira – endereço de um dos líderes da organização criminosa e que motivou o nome da operação – também na rua das Garças, no bairro Santa Fé e em uma revenda de veículos localizada na Rodolfo José Pinho, no bairro São Bento.
Ao todo são 168 policiais cumprindo mandados para desarticular quadrilha de tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro, que atuava em Campo Grande, Bonito e Bodoquena, além de cidades dos Estados de São Paulo e Mato Grosso. A maior parte dos lucros do crime passava por um “testa de ferro”, proprietário de loja de compra e venda de veículos na Capital, que já movimentou R$ 14 milhões.
A Operação Nevada cumpre 20 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de condução coercitiva, 31 mandados de busca e apreensão, além de 47 mandados de sequestro de veículos nas cidades de MS e também em Rondonópolis (MT), São Paulo, Guarulhos, Suzano, São Bernardo do Campo e Guarujá (SP), expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande .
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Inquérito policial, instaurado em julho de 2014, constatou que o tráfico é transnacional, ou seja, articulado a outros países, conforme a Polícia Federal. A coordenação das ações ocorria em território brasileiro, por meio da zona rural de Porto Murtinho (MS).
Os carregamentos de cocaína vindos da Bolívia eram armazenados em fazendas da região e escoados por meio de caminhões e caminhonetes para destinatários no Estado de São Paulo.
Durante a investigação, foram realizadas 8 prisões em flagrante, com a apreensão de aproximadamente 778 kg de cocaína, US$ 2,2 milhões, R$ 38 mil, 1 pistola calibre 9mm, 2 revólveres calibre 38, munições calibre 38, 9mm e de fuzil calibre 5,56 mm.
Os criminosos fizeram compras de bens imóveis cujos valores ultrapassam R$ 5 milhões, além de veículos de luxo, alguns avaliados em mais de R$ 400 mil, em concessionárias de Campo Grande. Entre 2010 e 2014, o “testa de ferro” da quadrilha movimentou mais de R$ 14 milhões.
Os presos e objetos apreendidos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande.