Arquidiocese assina acordo e empresa promete usina fotovoltaica em seis meses
Projeto para implantar energia sustentável em 328 paróquias foi parar na Justiça após suspeita de golpe
Após desentendimentos e acusações de calote, Arquidiocese de Campo Grande assinou acordo com a ANL Energia Limpa. A empresa se comprometeu a assumir integralmente o pagamento do empréstimo de R$ 3,5 milhões realizado pela Arquidiocese e a doar uma usina fotovoltaica para a instituição até março do ano que vem.
O projeto para implantar energia sustentável em 328 paróquias foi parar na Justiça após a ANL Energia Limpa descumprir prazo contratual e não realizar ajuste no cronograma para reinicio das obras.
A Arquidiocese achou que tinha levado o calote, mas a empresa afirmou que tudo não passou de um mal-entendido e atribuiu o atraso ao cenário de pós-pandemia. De acordo com a ANL, a crise afetou a importação dos materiais necessários para a implementação da usina fotovoltaica contratada pela igreja.
O comunicado assinado pelo interventor da Cúria Metropolitana, padre Wagner Divino de Souza, e pelos proprietários da ANL, Anderson Notargiacomo e Alexandre da Silva, afirma que ambas as partes esclareceram os motivos do atraso da execução da obra.
Também deixa claro que a usina fotovoltaica será doada, sem nenhum custo adicional para a Arquidiocese.
A energia gerada no empreendimento vai abastecer comunidades na Capital, mas também em Corguinho, Rochedo, Jaraguari, Bandeirantes, Terenos, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e Distrito de Anhanduí.
O projeto - Para a execução do o projeto o Conselho Econômico e o Colégio de Consultores da igreja católica conseguiu um empréstimo de R$ 3,5 milhões com o banco Sicredi. Sendo que R$ 3,3 milhões seriam para pagar a ANL e R$ 200 mil para terraplanagem e a supressão vegetal da área onde será construída a usina de geração fotovoltaica.
Sem respostas da ANL, o o bispo Dom Dimas Lara Barbosa pediu o apoio dos fieis em orações e chegou a se desculpar por não ter pesquisado a procedência da empresa antes de firmar contrato.
Já o sócio proprietário da empresa Alexandre da Silva alegou que a troca dos responsáveis por intermediar o contato por parte da Arquidiocese gerou algum tipo de “ruído” na comunicação entre as entidades. Contudo, em nenhum momento a empresa teria se negado a cumprir os compromissos do projeto, garantiu o empresário.