“Arrancaram um pedaço de mim”, diz mãe de Rogerinho em depoimento
Na voz de Ariana Pedra, o relato cronológico de 18 de novembro de 2009, último dia de vida do menino, emocionou o plenário.
“Pela manhã, meu filho estava sorrindo e pedindo uma árvore de Natal. Às 10h, levou um tiro. Depois, na Santa Casa, lutou pela vida. À noite, estava dentro de um caixão, sendo velado”.
Na voz de Ariana Pedra, o relato cronológico de 18 de novembro de 2009, último dia de vida de Rogerinho, emocionou o plenário durante o julgamento do jornalista Agnado Ferreira Gonçalves, que matou a criança em uma briga de trânsito, em Campo Grande.
Aos jurados, a mãe de Rogério Pedra Neto, de dois anos, descreveu a perda do filho. “Arrancaram um pedaço de mim. Quando sinto saudades, vou ao cemitério e passo a tarde. Vejo a estrelinha com o dia que ele nasceu e a cruz com o dia em que morreu”, contou, em lágrimas.
Ariana Pedra ainda relatou a preocupação com a filha Ana Maria, hoje com sete anos. A menina estava ao lado do irmão no momento em que ele foi baleado. “Ela sente falta do irmão, fala que o Rogerinho vai voltar. Agora, o que tenho para fazer é rezar muito com ela”, afirma.
Além da mãe de Rogerinho, prestaram depoimento Aldemir Pedra Neto e João Alfredo Pedra, respectivamente, tio e avô do menino. Uma estudante também prestou depoimento como testemunha de acusação. Ela disse ter visto a caminhonete, o carro e ouvido os tiros.
Caso - Durante a discussão com o tio do menino, o jornalista efetuou quatro disparos, atingindo João Alfredo e Rogerinho, que foi baleado no pescoço, e não resistiu ao ferimento. A família estava em uma caminhonete L-200 e o jornalista em um Fox.