Asilo se defende ao ser confundido com entidade onde há suspeita de maus-tratos
Representante do Aconchego da Vovó informou à polícia que até ameaças recebeu devido confusão de nomes
Asilo localizado na Vila Planalto, em Campo Grande, apresentou pedido de preservação de direto depois de ser confundido com a Casa do Aconchego, local onde a dirigente é investigada por maus-tratos aos idosos assistidos. Representante do Aconchego da Vovó informou à polícia que até ameaças recebeu.
Em boletim de ocorrência, responsável pelo asilo Aconchego da Vovó, Laís Gama de Oliveira, 32 anos, informou que a confusão de nomes a fez receber ameaça na manhã de hoje, por pessoa que disse que iria quebrar a entidade e agredir os trabalhadores de lá.
Além disso, o registro também enfatiza que o local, que é uma ILPI (Instituição de Longa Permanência de Idoso), perdeu clientes que deixaram de procurar os serviços. “Pelos nomes serem parecidos, está havendo esse erro de entendimento de local, o que está prejudicando os serviços e a segurança”, destaca a peça, registrada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro.
Como informou ontem o Campo Grande News, a Casa do Aconchego, localizada no bairro Taveirópolis, é a mesma instituição onde no ano passado, cinco idosos morreram com covid-19. Na ocasião, a entidade chamava-se Casa de Abraão e era dirigida por outras pessoas, que nada têm a ver com a denúncia atual.
No começo de 2021, outro grupo assumiu o local, que passou a ser chamado de Casa do Aconchego. Tanto, que na petição do MP que pede a busca e apreensão no local para produção de provas, a promotora Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah, da 44ª Promotoria de Justiça, faz essa ressalva.
“Necessário esclarecer que a referida ILPI era antes denominada Casa de Abrãao, e, após extinção da Associação dos Amigos da Casa de Abraão, entidade que a administrava, passou a ser administrada por outra entidade e recebeu o nome de Casa do Aconchego”.