Assassino de vítima de tribunal do crime é condenado a 20 anos de prisão
Júri absolveu réu de dois crimes, mas condenou por homicídio qualificado e ocultação de cadáver
Jean Albert da Silva Jara Lemes, também conhecido como 556, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pela morte de Alex Mohd Jabe durante "tribunal do crime”, em dezembro de 2018. A sentença é resultado de julgamento realizado, nesta terça-feira (10), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.
Para a setença, o juiz Carlos Alberto de Almeida levou em consideração decisão do corpo de jurados, que decidiu pela absolvição do réu no que diz respeito aos crimes de organização criminosa e cárcere privado, porém condenou por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Pelo homicídio, Jean foi condenado em 19 anos. O ano a mais, conforme sentença, se refere a condenação pela ocultação do corpo da vítima.
Em depoimento nesta manhã, Jean assumiu que deu uma facada no pescoço de Alex, mas negou que tivesse arrancado os braços da vítima. Ele teria sido obrigado a matar o rapaz por causa de uma dívida de drogas.
Segundo o réu, no dia 27 de dezembro ele marcou encontro com um traficante identificado como "Magal", para resolver a dívida de cocaína no valor de R$ 1,2 mil.
Quando entrou no carro do traficante, Alex já estava no veículo. Eles foram levados para o cativeiro, na Favela B13, no Jardim Noroeste. No local, Alex foi executado com uma facada no pescoço. Os braços e pernas foram arrancados. "Magal mandou que eu matasse e me deu a faca. Eu disse que não iria matar, mas fui ameaçado", afirmou Jean.
Jean chegou a declarar arrependimento e negou ser integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).