ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
FEVEREIRO, DOMINGO  09    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Ataques de aranha crescem mais de 50% em comparação a anos anteriores

No sábado, Anésia do Carmo Egues, de 53 anos, morreu dez dias após ser picada pelo animal peçonhento

Por Geniffer Valeriano | 21/11/2023 16:18
Ataques de aranha crescem mais de 50% em comparação a anos anteriores
Aranha-marrom no piso de casa (Foto: Divulgação)

Em crescimento desde 2021, de janeiro a outubro deste ano, foram registrados 52 ataques de aranha em Campo Grande. Apesar do aumento, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) garante que não há nenhum registro oficial de mortes por picada de aranhas em Campo Grande, conforme registros da Sinan (Sistema de Informações  de Agravos), apesar de um em investigação.

No sábado (18), Anésia do Carmo Egues, de 53 anos, morreu após ser picada por uma aranha e ficar internada durante 10 dias no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, na Capital. O corpo da mulher passou pelo Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para coleta de material para diagnosticar a causa da morte.

A secretária de Saúde da Capital informou que ainda não é possível afirmar que a causa da morte foi causada pela picada da aranha. Ainda é aguardado que seja expedida a declaração de óbito, que pode levar até duas semanas para ser finalizada.

De acordo com os dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, o número de casos em 2021 era de apenas 21 ocorrências no mesmo período, enquanto em 2022, a secretaria registra 40 casos.

Em 2023, abril foi o mês que mais teve acidentes envolvendo aranhas, sendo 12 registrados. Junho (7), maio (6) e setembro (5) estão logo em seguida. Janeiro, fevereiro, março e agosto empatam, com quatro acidentes cada. Enquanto julho e outubro tiveram três ocorrências.

Quando ocorre algum acidente com aranhas ou qualquer outro animal peçonhento, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), por meio do Serviço de Controle de Roedores, Animais Peçonhentos e Sinantrópicos, é quem verifica essas situações.

Após o recebimento dos dados dos acidentes envolvendo esses animais, o caso é registrado e diariamente uma equipe é deslocada para verificar o local onde houve a ocorrência. No local, também são verificadas as condições do ambiente e a realização de buscas pelo animal. Após ser encontrado, é encaminhado para identificação da espécie no laboratório de entomologia do CCZ. Ainda são realizadas orientações e, caso necessário, a desinsetização.

Prevenções - A Sesau orienta que em casos de acidentes, a população capture e leve o animal até a unidade de saúde para que seja possível identificar a espécie. A orientação ressalta que não é recomendado fazer a captura se ainda houver riscos de novos ataques.

Também é aconselhado aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas com frequência. Outra orientação é manter quintais, jardins e terrenos baldios e forros de telhados limpos, não acumulando entulho como tijolos, telhas, madeiras e lixo doméstico nas proximidades das casas.

“Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas. Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, de tanque e de chão com tela ou válvula apropriada”, recomenda a secretaria por meio de nota.

Ainda é indicado colocar o lixo em sacos plásticos e mantê-los mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas, moscas e outros insetos que são fonte de alimentos para aranhas. Antes de se vestir, devem examinar roupas, calçados, toalhas e até roupas de cama antes de usá-las, pois as aranhas podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo.

“Usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, e ao realizar a limpeza do quintal; não colocar as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres; manter caixas de gordura bem vedadas para não atrair baratas, que são alimento para as aranhas; usar telas em ralos do chão, pias ou tanques; afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los; preservar os predadores naturais das aranhas: pássaros, lagartixas, sapos, rãs e outras aranhas”, finaliza a nota.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias