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Capital

Até na velhice mulheres continuam apanhando, mas dos próprios filhos

Documento, publicado nesta sexta, mostra que idosos de 80+ são quatra faixa etária que mais procura ajuda

Por Natália Olliver | 08/03/2024 13:10
Idosa mostra marcas da violência. (Foto: Henrique Kawaminami)
Idosa mostra marcas da violência. (Foto: Henrique Kawaminami)

Na Capital sul-mato-grossense, a maioria das agressões contra mulheres idosas são feitas pelos próprios filhos. É o que mostra o Dossiê Mulher publicado nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial de Campo Grande. A afirmação é referente a população de 80+,  no período de 2023. Das 34 ocorrências envolvendo a faixa etária, em 20 delas o filho era responsável pelo sofrimento físico da mãe.

Em 2023 o Campo Grande News contou a história da idosa de 74 anos, resgatada após ser agredida e acorrentada pelo filho, de 35 anos. O caso ocorrido em novembro de 2022 chocou a Capital e direcionou os olhares para um grupo vulnerável, que pela fragilidade, se torna alvo de agressões. Ao todo, dos 15 mil atendimentos realizados pela Casa da Mulher Brasileira no ano passado, 818 eram de idosos.

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Conforme o documento, muitas vezes, a mulher idosa procura ajuda na Casa da Mulher Brasileira buscando orientações para “internar” o filho ou neto agressor em uma clínica para recuperação de dependência química.

Ao menos 24 agressores fazem uso de algum tipo de drogas álcool ou outras substâncias. A maioria dos relatos das vítimas afirma que o motivo das agressões é patrimonial, ou seja, por bens.

Foram 818 casos notificados pelo Sistema Iris, ferramenta que de registro de informações das mulheres atendidas na Casa da Mulher Brasileira. Do total, 488 foram mulheres de 51 a 60 anos atendidas, seguida de 231 na faixa etárias de 61 a 70 e 99, de 71 a 80.

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