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Capital

Bebê que mãe escondia nasceu vivo; polícia investiga causa da morte

Mãe da criança continua internada na Santa Casa de Campo Grande

Luana Rodrigues | 12/01/2017 17:36

A polícia ainda não sabe se uma mulher, de 35 anos, deu a luz a um bebê de maneira espontânea ou se teria tentado praticar um aborto induzido e, por conta disto, levado a criança a morte no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. O caso ocorreu na na madrugada desta quinta-feira (12).

Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, o bebê teria nascido vivo e agora a polícia apura as causas da morte.  A mulher está internada na Santa Casa de Campo Grande, enquanto o corpo da criança foi encaminhado para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). 

Até às 17h30 da tarde desta quinta-feira (12), nenhum familiar havia procurado o Imol para providenciar o velório e enterro da criança.

De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Camilo Kettenhuber, a mulher ainda não foi ouvida pela Polícia Civil, já que precisou receber socorro médico e não estava em condições de prestar depoimento.

A assessoria de imprensa do hospital informou que ela passou por curagem – procedimento para esvaziar a placenta – e está sendo acompanhada por uma equipe médica.

Laudo preliminar da perícia aponta que o feto estava bem evoluído, com 48 centímetros, do sexo masculino e cordão umbilical intacto. Exames serão feitos para atestar a idade.

A mulher será ouvida para prestar depoimento formal assim que se recuperar. O caso será investigado para a 7ª Delegacia de Polícia Civil.

Aborto - Segundo a polícia, aos socorristas a mulher disse que acordou por volta das 3h e escorregou no próprio sangue ao se levantar da cama para ir ao banheiro. A filha dela teria se assustado ao escutar o barulho e, pensando que o ferimento fosse grave, decidiu chamar a ambulância.

Chegando à casa, no entanto, os médicos encontraram o bebê natimorto, enrolado em um cobertor em cima da cama. A Polícia Militar foi acionada e descobriu que ninguém na família da investigada sabia da gravidez.

Na Santa Casa, para onde a mulher foi socorrida consciente, ela disse à PM apenas que sentiu seu lençol molhado durante a madrugada, mas não percebeu que estava sangrando. Ela confessou que não contou a ninguém da família sobre a gravidez, mas disse não saber há quantos meses exatamente estava gestante.

A filha da investigada disse que a mãe apresentava sinais de depressão desde a morte do pai, há dois meses. Dormia mal e não mantinha bons hábitos alimentares.

Segundo o relato da jovem, na noite de quarta-feira a suspeita foi tomar banho pouco após o fim da tarde e pediu comprimidos de dipirona alegando estar com dor de cabeça. Por volta das 19h, sem jantar, foi dormir. A polícia registrou o caso como morte suspeita. 

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