Bernal adia reunião com promotor que selaria reajuste para professores
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), não foi à reunião com promotores do MPE (Ministério Público Estadual), encontro que ele mesmo definiu como fundamental para encaminhar campanha salarial dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino). A conversa seria sobre o futuro de contratos milionários – e considerados irregulares – com a Omep (Organização Mundial paraEducação Pré-Escolar) e a Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária).
A expectativa, com base no que o próprio prefeito disse esta semana, é de que a decisão tomada nesse encontro selaria o reajuste dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), que pedem aumento de 11,36% mais o índice de 13,01% relativo a 2015 que não foi pago.
Segundo a assessoria do prefeito, a reunião não pode ser realizada por "questão de agenda". O secretário municipal de Administração, Ricardo Ballock, que também participaria do encontro, protocolou novo pedido de reunião ao MPE.
O secretário de Governo do Município, Paulo Pedra, disse, durante assinatura de convênio entre a Secretaria de Educação e a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcioinais), na tarde desta quarta-feira (2), que, qualquer decisão a respeito de reajuste está condicionado a essa reunião.
Pedra ressaltou que o convênio firmado com a Omep e a Seleta representa percentual alto na folha de pagamento da Prefeitura, e que um possível cancelamento desse compromisso renderia uma economia para o executivo, o que permitiria negociar com os professores.
O secretário disse que o montante pedido pelos professores “é plausível”, mas não adianta promover um reajuste sem ter condições de cumprí-lo meses depois. “É preciso ter planejamento para que tudo aquilo que for proposto ao servidor seja pago”, pontuou.
Os professores, em reunião com o prefeito, na segunda-feira (29), ouviram a promessa de que até quinta (3) uma proposta seria apresentada pela Prefeitura. Já o MPE tenta, desde 2011, fazer com que o Município rompa os contratos com a Omep e a Seleta, após encontrar neles, entre outras coisas, pagamentos considerados abusivos e até funcionários fantasmas.