Bug no sistema levou à desatualização de dados sobre leitos, diz prefeitura
Nesta segunda-feira (15), secretaria estadual desconhecia como está ocupaçao de vagas para covid-19 na Capital
No que se configura como momento mais grave da pandemia de covid-19 desde quando ela chegou a Mato Grosso do Sul, em março do ano passado, portanto há um ano, a Secretaria Estadual de Saúde está enfrentando dificuldades para conhecer a realidade da ocupação de leitos justamente em Campo Grande, responsável pela maior rede de atendimento e onde a doença já matou 1,6 mil pessoas.
O município alega que passou por problemas técnicos e prevê realização de reunião com autoridades estaduais nesta semana para tratar de novo “protocolo” para alimentação dos dados.
O secretário Geraldo Resende, titular da Saúde, reclamou hoje que mais uma vez não foi possível atualizar os dados da Capital sobre a ocupação de vagas. Isso ocorreu pela terceira vez em uma semana. Diante disso, informou durante transmissão ao vivo nesta manhã a intenção de acionar o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para resolver a situação.
"Campo Grande não nos forneceu dados. Temos cobrado insistentemente a Sesau, inclusive encaminhando por ofício a solicitação para o secretário municipal de Saúde”, afirmou Resende.
Segundo ele, a secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, assim como a equipe de regulação tem conversado, “mas infelizmente até esse horário não tivemos os dados que possam fazer aqui a taxa de ocupação de leitos da macrorregião de Campo Grande, principalmente do Município", declarou.
A explicação dada é que a informação sobre a lotação dos hospitais é essencial, tanto para transparência das divulgações, como para agir se necessário.
Consultada, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), admitiu problemas na alimentação dos dados, dada a instabilidade no sistema, que exigiu atualização do sistema.
"Nesta semana deverá acontecer uma reunião entre Sesau e SES para definir os critérios e formas a serem repassados os dados pela Prefeitura Municipal”, diz a resposta à reportagem do Campo Grande News
Conforme afirmado, foi preciso atualizar o sistema e, agoram “novos protocolos serão definidos”.
Como está? - A consulta ao mapa sobre a distribuição de pacientes pelos leitos para covid indica, ainda, a existência de 268 leitos específicos para tratar doentes graves, com ocupação de 93%.
Esse dado não conta, por exemplo, com 29 novas vagas anunciadas pela prefeitura na semana passada, nem traz quantas estão de fato em uso.