Buracos em acesso a parque, hospital e condomínios incomodam condutores
Buracos têm tirado a tranquilidade dos motoristas no trecho da Rua Antônio Maria Coelho perto da Cassems, do Hospital Miguel Couto e do Parque das Nações Indígenas. O local é uma importante via de acesso a condomínios e à Avenida Mato Grosso. Os condutores, que já têm dificuldade de desviar dos obstáculos em alguns trechos, temem que a situação piore, já que pelo local passam caminhões com entulho e materiais de construção em razão de várias obras existentes no entorno.
Para o funcionário público Teodorico Duarte, 63 anos, a situação é crítica em toda Campo Grande. “É um desrespeito total do nosso governante. Eu votei nele, mas se arrependimento matasse, já estava mortinho. Nós pagamos impostos e não vemos nada de retorno”, opina.
As chuvas e a passagem de veículos pesados pelo local tendem a agravar o problema, segundo o bombeiro José Henrique Lopes Alves, 30 anos. “Se a tendência é continuar chovendo, vai piorar”.
O militar Fabrício Rodrigues, 31 anos, afirma que a rua está crítica desde o cruzamento com a Via Parque. No local, segundo ele, os carros reduzem a velocidade para conseguir passar pelas crateras e o trânsito acaba não escoando antes de o semáforo fechar. “Às vezes, no horário do fim de expediente, fica bem complicado”.
Perto da Cassems e do parque, segundo ele, a tendência é piorar. “Tem muitas obras e esses veículos [pesados] danificam o asfalto”, pontua.
O aposentado José Miranda, 73 anos, se diz revoltado pelo descaso do poder público tendo em vista a má-conservação das vias da cidade. “Meu IPVA está em mil e pouco. Estou pagando uma quantia alta e eles não estão investindo, falam que tem melhoria, mas não tem”, pontua.
Ele compara as ruas de Campo Grande com uma pista de MotoCross e diz que andar pela cidade virou um exercício de destreza para os condutores. “Para andar no asfalto de Campo Grande tem que ser bom de braço”, diz.
Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) não informa com muita antecedência as ruas que entrarão no cronograma da operação tapa-buraco e ressaltou que a programação está sendo publicada diariamente no Facebook.
Ainda conforme o município, a chuva atrasa o andamento do serviço e muitas vezes as equipes não conseguem finalizar os reparos de todas as crateras de uma mesma via porque o material se esgota, sendo os trabalhos retomados no dia seguinte.
De acordo com a lista de hoje, apesar da chuva, as equipes devem passar em 25 ruas e 125 avenidas, entre elas a 14 de Julho, Bahia, Euclides da Cunha, Presidente Vargas, Euler de Azevedo e Interlagos.