Além dos buracos, obra inacabada é risco para motoristas na Zahran
Além dos buracos ocasionados pela chuva e falta de manutenção, motoristas que trafegam pela Avenida Eduardo Elias Zahran, uma das principais de Campo Grande, enfrentam um novo obstáculo. Uma obra inacabada de tubulação de gás, tapada com chapas de aço, obriga os condutores a um desvio muitas vezes arriscado.
A obra é de responsabilidade da MS Gás, que faz a distribuição de gás natural. Foi executada entre setembro e outubro do ano passado, no trecho da avenida na região do bairro São Bento.
O supervisor administrativo Marcos Vinicius Marquetti, de 32 anos, por exemplo, acha que a situação pode ocasionar acidentes. Ele resume o que tem acontecido no local: “todos os veículos tentam desviar desses buracos e, para isso, é preciso invadir a faixa da esquerda. O problema é que acabamos nos colocando em risco, sem falar que passar por cima dessas chapas pode rasgar o pneu dos veículos”.
Vídeo feito pela reportagem ilustra exatamente o que conta Marcos Vinicius. A maioria dos veículos evita passar sobre as chapas de aço e desvia pela pista da esquerda.
Com o tráfego é grande, muitas vezes o condutor se vê obrigado a seguir pela faixa da direita e não faz o desvio para evitar um acidente. Neste caso, precisa reduzir bastante a velocidade e encarar as ondulações.
Quem é usuário do transporte coletivo conta que os ônibus também não passam sobre o trecho. Uma forma de evitar solavancos, na avaliação do garçom Jackson de Oliveira de 23 anos, que trabalha próximo dali e precisa do serviço diariamente.
O buraco também é motivo de reclamações. Há quem o confunda com acidentes no trânsito. “Acho falta de respeito com a população, nós mantemos nossos impostos em dia para ter infraestrutura, não para nos arriscar e desviar de buracos. Já bastam os que estão por toda parte de Campo Grande, agora essas obras também vão causar mais, é um absurdo”, reclama o garçom Paulo Viana, de 24 anos.
Até quando? – Procurada pela reportagem, a MS Gás se comprometeu a resolver o problema dentro de sete dias. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o buraco ainda existe porque primeiramente foi tampado com asfalto, porém devido à chuva, o material cedeu, sendo coberto na terça-feira passada com concreto e, para preservar a obra, as chapas de aço foram colocadas pelo tempo considerado necessário para a secagem.