Buracos tomam conta da BR-163 dois meses após obras de recapeamento
Menos de dois após o recapeamento, trecho da BR-163, no macroanel rodoviário de Campo Grande, entre as saídas de São Paulo e Cuiabá, voltou a ficar cheio de buracos. Caminhoneiros reclamaram de trabalho mal feito. As obras foram concluídas em dezembro de 2013.
O trecho que fica próximo ao Shopping Bosque dos Ipês está passando por um novo recapeamento, porque surgiram buracos e elevações na pista, que prejudicam os motoristas. “Os buracos voltaram, por conta do serviço mal feito”, comentou o funcionário de uma borracharia que fica na BR, Ivanildo Esteves Barros, 49 anos.
“Uma boa parte terá que ser refeita”, contou. Ele contou que o trabalho mal feito gera prejuízos. “Além de ser um custo para o povo, pois isso é dinheiro público, os caminhoneiros também se prejudicam, pois tem que ficar cerva de 20 minutos parados aqui”, disse.
Um dos piores pontos é no local onde um caminhão tombou, há cerca de uma semana atrás, no Jardim Itamaracá. Além do desnível na pista, há várias ondulações, que prejudicam os motoristas. “Essas ondulações são só por Deus!”, exclamou o caminhoneiro Jaime Rottana, 48.
Ele comentou que a pista deve ter sido feita de uma forma errada. “Eu acho que eles estão fazendo uma base errada, pois a pista não está aguentando o peso e o grande fluxo dos caminhões”, contou. Mas ele completou que os buracos e ondulações podem ter sido causados por um trabalho mal executado.
“Eu acho que eles podem ter utilizado um material fraco para fazer o asfalto”, relatou o caminhoneiro Odilei de Paula, 36, quando foi questionado sobre a abertura de novos buracos na BR.
Mas nem todos os motoristas acham que a quantidade de buracos e as ondulações pelas pistas os prejudicam, como Paulo Firmino Gomes, 43. “Eu ainda acho que é pouco, pois no Mato Grosso muitas rodovias não possuem nem asfalto”, afirmou.
DNIT - A assessoria de imprensa do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) relatou que o fiscal identificou problemas na fresagem descontínua, com isso apareceram buracos e trincas no pavimento. Eles contaram que será necessário intervir e corrigir o asfalto, para que não haja ocorrências.
O DNIT frisou que não houve "má qualidade no serviço prestado" e que a empresa responsável está realizando um novo recapeamento, sem ônus do departamento.