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Capital

Cabo do Exército e ex-PM são condenados por agressão a reféns

Quadrilha presa ainda tinha três membros; dois deles foram condenados em regime fechado

Por Lucas Mamédio | 09/10/2024 18:27
Quatro homens foram presos pela Guarda e levados para a Depac. (Foto: Divulgação/GCM)
Quatro homens foram presos pela Guarda e levados para a Depac. (Foto: Divulgação/GCM)

O cabo do Exército, Felipe Kanashiro de Souza, de 21 anos, e o ex-policial militar, Gilson Nunes, acusados de integrarem a quadrilha que invadiu uma casa e fez moradores reféns, no Bairro Cidade Morena, em junho deste ano, foram condenados a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto.

Eles são acusados de integrarem uma quadrilha com mais três integrantes. São eles o comerciante Ronaldo Cesar dos Santos, de 61 anos, Luiz Gustavo Souza Rodrigues, de 38 e Bruno Sanchez dos Santos, de 32.

Este último, Bruno, recebeu pena igual a de Felipe e Gilson, de seis anos e oito meses a serem cumpridos no semiaberto.

Já os outros dois acusados receberam pena maior. Ronaldo foi condenado a nove anos e um mês de prisão em regime fechado e Luiz Gustavo a sete anos e 10 meses também em regime fechado.

As diferenças das penas estão no entendimento da Justiça de que houve participação diferente de cada um no crime. Ronaldo, segundo denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, foi o mentor intelectual do crime e portava uma arma calibre 38.

Já Luiz Gustavo, conforme mesma denúncia, foi o mais agressivo e teria amarrado e batido nas vítimas.

O caso - De acordo com uma das vítimas, 35 anos, os criminosos bateram no portão da residência, se identificaram como policias civis e informaram que tinham que estavam ali para cumprir um mandado de prisão. O morador deixou os suspeitos entrarem, momento em que foi surpreendido pelos homens armados.

Eles entraram no imóvel por volta das 10h. Na casa, estava uma família de quatro pessoas: pai, mãe e dois filhos. A mulher de 35 anos e a filha de 10 anos foram presas num quarto. Enquanto um adolescente, 17, e o pai de 37 anos tiveram as mãos amarradas com abraçadeira “enforca gato”.

Após vasculharem o imóvel, os suspeitos fugiram levando 200 celulares e 18 MacBooks, avaliados em R$ 115 mil. Os eletrônicos foram comprados pelas vítimas no Paraguai e seriam revendidos. Conforme relatado no processo, o ex-policial militar, Gilson Nunes, fugiu em um veículo Volkswagen Gol. O comerciante Ronaldo Cesar dos Santos já tem passagem pelos crimes de receptação e porte ilegal de arma de fogo. Já Luiz Gustavo Souza rodrigues responde processo por roubo majorado.

Na sequência, o adolescente conseguiu se soltar e pegou carona com um amigo para perseguir o Vectra. No caminho, pediu ajuda para uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana). O grupo foi localizado perto da UPA Universitário (Unidade de Pronto Atendimento), na Avenida Gury Marques. Os guardas apreenderam oito celulares, dois simulacros de pistola e um revólver calibre 38. Os homens foram presos, mas negam o crime.

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