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Capital

Campanha de combate à violência contra mulher deve ganhar as escolas

Abertura da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” aconteceu nesta manhã

Por Geniffer Valeriano | 21/11/2023 12:20
Prefeita Adriane Lopes durante coletiva antes do início do evento (Foto: Geniffer Valeriano)
Prefeita Adriane Lopes durante coletiva antes do início do evento (Foto: Geniffer Valeriano)

A campanha “21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” foi lançada nesta terça-feira (21) na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. Durante o evento, foram assinados termos de compromissos entre as autoridades e discursado sobre a importância do combate à violência ainda na infância. A prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que o projeto deve ganhar as escolas.

Um dos documentos assinados nesta manhã foi o termo de cooperação, implantação do programa transformação. A iniciativa tem como objetivo fomentar a adoção de políticas privadas que possibilitem a redução de desigualdade e inclusão social no mercado de trabalho em situação de vulnerabilidade, vítima das diversas formas de violência.

O termo foi assinado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), o desembargador Tomás Bawden de Castro, vice-presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região), juntamente com a subsecretária de Política para Mulheres, Carla Stephanini. Outro documento assinado diz respeito à execução do projeto Recomeçar.

Adriane comentou que apesar de Campo Grande ter recebido a primeira Casa da Mulher Brasileira, esse não era um fato para se comemorar.

Muitas vezes a gente pensa que é motivo de muito orgulho, mas quando a gente para pensar, se nós temos a primeira Casa da Mulher é porque em Campo Grande os índices de violência contra as mulheres é altíssimo e aqui eu quero ressaltar a importância da união de esforços no combate à violência contra as mulheres na Capital”, disse.

A prefeita ainda relatou que por ser a primeira mulher a assumir a Prefeitura de Campo Grande, “sofre violência política todos os dias”. Apesar do que foi relatado, Adriane diz ter certeza que está abrindo as portas para as próximas mulheres.

Dizendo que as crianças são pequenos multiplicadores de ações, Adriane relata querer implementar a campanha nas escolas da rede municipal. “Eu quero convidá-los, aos homens, as mulheres, para que nós possamos conscientizar os campo-grandenses, deste cuidado, desta atenção, dessa campanha preventiva e quero já provocar carga com intenção que o nosso ano letivo de 2024 seja iniciado com esse ativismo dentro das escolas do município”, afirmou.

A delegada titular da Deam, Elaine Benicasa, enfatizou que a rede de atendimento à mulher vai além dos órgãos oficiais, abrangendo também familiares, amigos e instituições em que ela frequenta. Ainda é reforçado pela delegada a importância de as agressões serem denunciadas, além da implementação de políticas públicas.

Delegada titular da Deam, Elaine Benicasa (Foto: Geniffer Valeriano)
Delegada titular da Deam, Elaine Benicasa (Foto: Geniffer Valeriano)

O que nós estamos fazendo aqui é levar informação a todos. Todos, sejam vítimas, sejam parentes e amigos, se fortaleçam para que denunciem essas ocorrências, porque senão essas situações de violência serão invisíveis. A partir do momento que há a denúncia, sempre a denúncia, toda a máquina estatal municipal vai ser movimentada em prol dessa mulher. Então, a importância primordial com certeza é a denúncia em relação a esse crime de violência doméstica”, disse Benicasa.

Apesar do apelo, a delegada relata que os números de registros de boletins de ocorrência de violência doméstica têm aumentado em Campo Grande, enquanto os casos de feminicídios têm reduzido.

O Anuário que foi publicado este ano, referente aos dados do ano passado, "contava com 14 feminicídios consumados e este ano, visto que nós já temos ainda aí um mês pro fim do ano, mas estamos com sete feminicídios consumados. O número de registros e boletins de ocorrência de violência doméstica tem aumentado. Isso é bom, isso quer dizer que o que nós estamos fazendo aqui dentro tem surtido efeito e os feminicídios têm diminuído, isso também é bom, isso quer dizer que ao meu ver esse trabalho desenvolvido pela rede de atendimento também tem causado frutos”, pontuou

Prefeita Adriane Lopes durante assinatura dos termos (Foto: Geniffer Valeriano)
Prefeita Adriane Lopes durante assinatura dos termos (Foto: Geniffer Valeriano)

Programação - As agendas programadas para os próximos 20 dias contam com palestras e ações marcadas entre os dias 22 de novembro ao dia 6 de dezembro. Veja as atividades que serão realizadas abaixo.

Amanhã, dia 22, às 8h e às 13h30, será realizada uma palestra na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). O tema abordado será: “Violência contra mulheres - prevenir é melhor”. Na quinta-feira (23), a mesma palestra será levada para a Escola Municipal Nerone Maiolino, às 19h.

Na sexta-feira (24), será realizado na Casa da Mulher Brasileira o encontro “#BrasilSemMisoginia”. A palestra deste dia começará às 8h, com o tema: “Misoginia: conceito e relação entre machismo e sexismo”.

No dia 28, haverá uma roda de conversa na Associação de Moradores do Bairro Arnaldo Estevão Figueiredo, às 15h. Durante o evento, será abordado o tema: “Violência contra mulheres - prevenir é melhor”. A mesma palestra será levada no mesmo dia, às 19h, para a Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli.

O encerramento da agenda acontece no dia 6 de dezembro, às 8h. No dia, haverá a caminhada do “Laço Branco. Homens pelo fim da violência contra mulheres”. O percurso começará no Paço Municipal e será encerrado na Praça do Rádio Clube.

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