Campo Grande gera estudo nacional sobre impacto do saneamento na saúde de bebês
Pesquisa revelou que a cada mês que a mãe tem acesso ao direito básico, a criança ganha 20 gramas
Campo Grande foi tema de estudo nacional da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre os impactos do saneamento básico na saúde de bebês recém-nascidos. O estudo revelou que eles ganham mais peso quando a mãe tem o direito básico em casa durante a gestação. A pesquisa "Saneamento e Saúde Neonatal: Evidências do Brasil", apontou que a Capital teve, entre 2005 e 2019, avanço de 61% na cobertura do serviço. Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (2).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
```html
Um estudo da FGV revelou que em Campo Grande, o acesso ao saneamento básico durante a gestação resulta em bebês com maior peso ao nascer, cerca de 20 gramas a mais por mês de exposição, principalmente nos dois primeiros trimestres. A pesquisa indica que o saneamento na vida da gestante reduz em 17% a chance de nascimento com menos de 2kg, diminuindo internações em UTIs neonatais. Apesar de Campo Grande apresentar 93% de cobertura de esgoto, superando a meta legal de 90%, o estudo aponta que mães vulneráveis são as menos beneficiadas. A Águas Guariroba destaca investimentos em tarifa social e ampliação da rede, enquanto um reajuste na tarifa de água e esgoto será aplicado a partir de janeiro de 2025.
```
Foram constatados que a cada mês que a mãe tem acesso ao saneamento, o bebê ganha 20 gramas. Os efeitos são impulsionados, segundo levantamento, quando a exposição ocorre nos dois primeiros trimestres da gestação.
Uma das pesquisadoras, Fernanda Batolla, explicou que o resultado da primeira infância tem efeitos duradouros no restante da vida da criança e que o acesso apresenta melhor saúde na vida adulta.
Ela acrescenta que o saneamento presente na vida da gestante reduz em 17% a probabilidade de que a criança possa nascer com menos de 2 quilos, diminuindo assim o tempo de permanência em UTIs neonatal. “O que demonstramos no estudo é que o que acontece ainda na barriga da mãe, que também terá efeitos permanentes na vida”, comentou.
O estudo evidencia, mais uma vez, que mães vulneráveis são as menos favorecidas pelo sistema de saneamento, por não possuírem condições financeiras, informações ou viverem ‘às margens’ na Capital, onde a rede de esgoto ainda não chegou. De acordo com a pesquisa, 93% das casas têm acesso ao serviço de esgotamento sanitário em Campo Grande, ou seja, 7% ainda não possuem.
Francis Faustino, diretora-executiva da Águas Guariroba, ressaltou que a empresa tem investido na Tarifa Social da água, para que mais famílias estejam inseridas no sistema de abastecimento sanitário.
“Nosso propósito é que todas as famílias de Campo Grande tenham acesso à água e esgoto tratados. Temos investido na ampliação da Tarifa Social da Água, que hoje conta com mais de 65 mil pessoas beneficiadas. Nossa missão é elevar a qualidade de vida da população, atuando na saúde preventiva”.
Conforme a empresa, nos últimos dois anos, o programa ‘Campo Grande Saneada’ implementou mais de 500 quilômetros de tubulação em diversos bairros e conectou cerca de 120 mil pessoas. Em 2024, mais 204 quilômetros de rede foram implantados.
Ela alega que o município saiu de 22% das casas com rede de esgoto, em 2005, para 83% em 2019. Cinco anos depois, 2024, a Capital conta com 93%. O índice, segundo a concessionária, é maior que o estipulado pela Lei Federal do Marco Legal do Saneamento Básico, que exige que 90% das casas tenham saneamento.
Ranking - Campo Grande é a 17ª cidade com melhor saneamento básico no país. A afirmação foi feita pela pesquisa do Instituto Trata Brasil em março deste ano. O levantamento considerou 100 cidades brasileiras mais populosas, com base nos padrões do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Em 2023 o município ocupava a 26º posição.
Conta mais cara - A partir do dia 3 de janeiro de 2025, a conta de água e esgoto ficará mais cara em Campo Grande. O reajuste da tarifa de 4,60% e a revisão da tarifa de 2,07% foram publicados na edição desta segunda-feira (2) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
Com o aumento, a tarifa fixa residencial será de R$ 18,99. Segundo a tabela de estrutura tarifária, o valor do consumo entre 1 e 10m³ será de R$ 7,68 de água e R$5,38 de esgoto, já o valor para quem consome acima de 50 m³ a cobrança será calculada com a tarifa de R$ 17,92 de água e R$ 12,52 de esgoto.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.