Campo Grande volta ao limite prudencial por gastos com servidores
Município usou 52,53% do recolhimento para pagar salários entre julho de 2018 e junho de 2019
Os gastos da Prefeitura de Campo Grande com pessoal chegaram a R$ 1,711 bilhão e o município voltou ao limite prudencial estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Para o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, o balanço é preocupante.
De acordo com relatório de gestão fiscal publicado na edição desta quinta-feira (25), do Diogrande (Diário Oficial do Município), a prefeitura gastou 52,53% da arrecadação de R$ 3,258 bilhões da com salários, obrigações patronais e benefícios previdenciários entre julho de 2018 e junho de 2019.
Segundo Pedrossian, a volta do limite prudencial está relacionada a queda na arrecadação do município. “Nesse primeiro semestre estamos tendo uma arrecadação bem mais fraca que no primeiro semestre do ano passado. Sobretudo por causa do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]”, aponta.
O secretário explica que houve uma diminuição no rateio do ICMS e da própria arrecadação do imposto. “Estamos perdendo R$ 45 milhões em relação ao ano passado”, completa. Apesar da situação preocupante, o secretário acredita que no próximo mês o índice volte para a normalidade.
A LRF estabelece como prudente o desembolso de 51,30% da receita e como limite máximo gasto de 54%. A legislação diz que o alerta deve ser ligado sempre que o gestor precisar usar 48,60% do arrecadado para pagar despesas com pessoal.
A prefeitura de Campo Grande emprega cerca de 25 mil funcionários.