Veja o vídeo: vaso com descarga aberta escancara más condições na Santa Casa
Além disso, paredes descascadas, cadeiras destruídas e falta de ar-condicionado também fazem parte do combo
RESUMO
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Acompanhante denuncia condições precárias na Santa Casa de Campo Grande, incluindo problemas estruturais e de higiene. A empresária Ariane, 30 anos, documentou em vídeos a situação durante os três dias em que acompanhou sua avó internada. Entre os problemas relatados estão paredes descascadas, cadeiras destruídas, falta de ar-condicionado e condições sanitárias inadequadas, como vaso sanitário com descarga aberta coberto por comadre usada. A avó de Ariane, que passou 20 dias internada para amputação de perna devido a complicações da diabetes, enfrentou também falta de roupas hospitalares, lençóis sujos ou rasgados e cadeiras de banho compartilhadas sem higienização adequada. A Santa Casa informou que irá verificar os relatos apresentados.
A situação da Santa Casa de Campo Grande tem aterrorizado não só os que necessitam de internação, mas também os acompanhantes, que olham minuciosamente cada problema. O que mais choca além das paredes descascadas, as cadeiras destruídas ou a falta de ar-condicionado, é o vaso sanitário com a descarga aberta, coberto por uma comadre usada por pacientes.
Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas. A empresária Ariane, de 30 anos, registrou tudo o que viu em uma sequência de vídeos enquanto acompanhou por três dias sua avó internada. A idosa, que precisou amputar a perna devido a complicações da diabetes, passou quase 20 dias no hospital.
Além da estrutura precária, a neta denuncia a chegada de cadeiras de banho sujas, lixo acumulado no banheiro, a demora para receber lençóis limpos e o fato de que o hospital não fornecia roupas para os pacientes.
“Sou de São Paulo, lá é totalmente diferente. Fiquei assustada. Estava sem ar-condicionado, tinha que levar o ventilador. As vezes precisava de lençol, eles falavam que não tinha, e quando vinha, estava rasgado, manchado, falaram que tinha que levar roupa de casa, porque não tinha mais. A cadeira de banho é o corredor inteiro que usa, e chegou um dia com sangue e eu que tive que limpar”, lamentou.
Ela conta que a avó não quis usar a comadre para urinar, pois servia como tampa para a descarga. "Eles falavam que esterilizavam, mas minha vó não queria usar."
Junto com a avó também estavam outros dois pacientes no mesmo quarto, que passaram pela mesma situação.
O Campo Grande News entrou em contato com a Santa Casa. Em nota, o hospital manifestou que realizava manutenções diárias na infraestrutura para garantir a continuidade dos atendimentos.
"No entanto, devido ao grave déficit financeiro mensal enfrentado pela instituição, não é possível executar todas as intervenções necessárias de imediato. Priorizamos as demandas mais urgentes para evitar o fechamento de leitos e garantir o atendimento aos pacientes".
A crise financeira, conforme a Santa Casa, decorre de um contrato deficitário mantido com o poder público. "Situação que já foi formalmente comunicada à Secretaria Municipal de Saúde, à Secretaria Estadual de Saúde e está sob avaliação do Ministério Público do Estado, visando à adequação dos valores contratuais".
*Matéria atualizada às 17h09 para acrescentar o posicionamento da Santa Casa.
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