Cansados de esperar, moradores reclamam de obra lenta e organizam manifestação

Cansados de esperar pelo fim da obra de pavimentação, moradores do bairro Oliveira I e II, em Campo Grande, pedem mais agilidade para que o serviço seja finalizado. Segundo eles, o processo já dura meses e causa inúmeros transtornos nos locais, já que o “quebra-quebra” atrapalha a circulação. Para pressionar a prefeitura, eles devem se reunir na Rua Orlandino de Oliveira, esquina com a Afonso Silva Rosa, nesta quarta-feira (20).

Entre as exigências estão um cronograma da obra, que de acordo com eles deveria ter sido entregue em 2023, mas o prazo foi prorrogado para abril deste ano. Além disso, pedem por sinalização de trânsito nos locais onde o asfalto já passou. A justificativa para o atraso seria o tempo instável de chuvas nos meses anteriores. Valdinei Figueiredo, de 50 anos, explica que pequenos trechos ficaram de fora da obra e que o trabalho está sendo “picado”.

“O descaso das autoridades, da empresa com o bairro, que está deixando todo mundo indignado. É uma obra que talvez, pelo tamanho que a gente vê, não passaria de um ano se fosse realmente levada a sério. O asfalto ali embaixo não estou mexendo, já vai mais de três semanas. Às vezes eles usam a desculpa do mau tempo, mas há quantos dias que não cai uma gota de chuva grande nessa região aqui?”

Outro ponto destacado por ele são os problemas com a terra depositada nas esquinas para segurar as pedras. Elas se tratam de barreira de proteção, feita para evitar que a água da chuva alague as ruas onde o asfalto já está feito.

“Quando chove, a água desce e começa a parar na linha do ônibus,  causando transtorno para todos os moradores. E as pedras que eles colocaram na parte de baixo também estão sendo levadas. Ou seja, é dinheiro jogado no ralo”. Segundo o morador, a parte da construção das calçadas no local já dura, pelo menos, dois anos.

Erivan Fernandes Bezerra, de 42 anos, é comerciante na região. Ele mora no bairro há 23 anos, o asfalto é algo esperado durante todos esses anos pela população. “Cheguei aqui no começo, com pouca casa que tinha. E sempre esperando aqui esse asfalto. Eles começaram e deixaram ali um reboque, em que os carros nem passam direito. Ali era para conter a chuva, pra ela não descer, mas em compensação não dá pra passar com o carro”.

Outra comerciante, Rosineide Pereira, 32, está no local há 17 anos. Para ela também é complicado passar com o carro no bairro. “Está horrível. Tenho que que dar a volta porque não consigo passar, principalmente carro pequeno. O pessoal que não conhece o bairro sai arrastando os carros, acabando com o carro do pessoal. Os moradores aqui estão revoltados”.

As ruas Afonso Silva Rosa, Dorotheia de Oliveira, Júlio Augusto Campo, Lindolfo Ferreira Rosa, Orlandino Oliveira Lima, Antônio João Escobar, Maria Luiza Moraes e Antônio Vieira de Almeida são trechos onde a pavimentação vai passar. Parte da Rua Orlandina já está asfaltada, outra não. A esquina da mesmo rua com a Afonso Silva Rosa também. Ali não tem sinalização.

A reportagem entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e serviços públicos), responsável pela obra, mas até o momento não obteve resposta. A pasta disse que vai se pronunciar. O espaço segue aberto.

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