Capital era rota de quadrilha que roubou projetores no Rio de Janeiro
Campo Grande era rota e não o destino do grupo que furtou projetores no Rio de Janeiro, que estão avaliados em R$ 24 milhões. Os produtos foram encontrados em galpão, na segunda-feira, no Jardim Itamaracá, na saída para São Paulo, na Capital. A Polícia Civil ainda investiga o destino do material furtado.
Dois representantes da Quanta DGT, proprietária dos projetores furtados no Rio de Janeiro, estão na cidade prestando depoimentos na Polícia Civil e contribuindo com as investigações. Outros dois representantes da empresa seguradora também chegaram de São Paulo hoje e fizeram a inspeção no armazém do Jardim Itamaracá, região sul de Campo Grande onde a carga furtada estava desde o último dia 19.
Segundo a delegada responsável, Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), os mandados de prisão foram expedidos porém nenhum suspeito ainda foi preso e essas informações técnicas podem ser determinantes.
“A partir de agora, a investigação entra em uma fase sensível, qualquer informação pode ser útil, por isso os depoimentos dos representantes da empresa vítima são primordiais pois trazem detalhes técnicos importantes para chegarmos aos suspeitos”, disse a delegada, que pediu a compreensão da imprensa. “Infelizmente não podemos passar informações sobre os depoimentos, pois se isso vazar pode prejudicar as investigações e a localização dessa quadrilha criminosa que é extremamente articulada e especializada”, acrescentou.
A única informação passada pela delegada, no entanto, é que provavelmente Campo Grande não era o destino final da carga furtada, mas apenas uma conexão dentro da rota. “Esses projetores de alta tecnologia muito provavelmente estavam destinados a centros de alta tecnologia, grandes metrópoles. Temos de lembrar que trata-se de uma carga diferenciada e de uma organização especializada nesse tipo de roubo, logística e receptação”, afirmou a delegada.