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Capital

Capital tem bom índice de saneamento, mas educação é mal avaliada

Estudo avaliou quatro indicadores que colocaram a Capital na 46º posição entre os 100 munícipios avaliados

Por Jéssica Fernandes | 07/11/2024 11:32
Funcionário trabalhando na implantação de esgoto, em bairro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Funcionário trabalhando na implantação de esgoto, em bairro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Educação, saúde, saneamento e segurança colocaram Campo Grande na 46ª posição do estudo DGM (Desafios da Gestão Municipal) deste ano. A sexta edição da pesquisa traz indicadores das quatro áreas para definir as 100 posições entre os maiores municípios do Brasil. Feito pela consultoria Macroplan, o estudo revela que a Capital caiu dez posições comparado ao último levantamento de 2021.

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O estudo DGM (Desafios da Gestão Municipal) de 2023 posicionou Campo Grande na 46ª posição entre os 100 maiores municípios do Brasil, em termos de educação, saúde, saneamento e segurança. A capital apresentou desempenho abaixo da média em educação, com índices de IDEB e matrículas em creches inferiores à média nacional. Na saúde, a taxa de mortalidade infantil e a proporção de mães com sete ou mais consultas pré-natais ficaram abaixo da média, mas a cobertura das equipes de atenção básica superou a média. Em segurança, a taxa de homicídios ficou abaixo da média, enquanto a taxa de óbitos no trânsito superou a média. No saneamento, a cidade apresentou cobertura de coleta de resíduos domiciliares, abastecimento de água e esgoto acima da média, com índices de tratamento de esgoto e perdas na distribuição de água também superiores à média nacional.

Única cidade de Mato Grosso do Sul que aparece no ranking, Campo Grande apresentou 5,3 pontos no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino fundamental, nota menor que a média dos 100 maiores municípios do País analisados. Nesse quesito, ficou na 78ª posição, saindo da 20ª, onde estava em 2011 com a maior média entre os 100 municípios.

Já no ensino fundamental II, a Capital computou 4,8 pontos, sendo uma média semelhante com as demais cidades analisadas. Nessa categoria de educação, o DGM deu a 56ª posição ante a 21ª colocação obtida em 2011. Para chegar a esses números, o levantamento usou dados do MEC (Ministério da Educação).

Também consta na pesquisa informações sobre a taxa de matrículas em creches envolvendo crianças de 0 a 3 anos. Em 2023, a taxa ficou em 39,2%, considerada menor que a média. Ao todo, 18.303 matrículas foram feitas no ano passado. A estimativa de atendimento das crianças de 4 a 5 anos em pré-escolas em Campo Grande em 2023 foi de 96,1%, menor que a média dos 100 maiores municípios.

Saúde - No setor da saúde, o estudo traz dados de 2022 sobre a mortalidade infantil, proporção de nascidos vivos com sete ou mais consultas pré-natal e taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas não-transmissíveis. Além disso, é apresentada a cobertura das equipes de atenção básica em 2023.

No primeiro quesito, Campo Grande registrou 56,1% óbitos infantis por causas evitáveis, sendo 132 o total de óbitos. “A taxa de mortalidade infantil foi igual a 10,7 por mil nascidos vivos em 2022, menor que a média dos 100 maiores municípios do país. Essa foi a 32ª menor taxa de mortalidade infantil nesse último ano”, diz o texto do DGM.

A proporção de bebês cujas mães fizeram sete ou mais consultas pré-natal foi igual a 72,0%, menor que a média, colocando a cidade na 53ª melhor posição. Em 2022, foram contabilizadas 1.554 mortes prematuras por DCNT das quais 809 ocorreram por doenças cardiológicas. A cidade ficou no 70º lugar, menor taxa entre os 100 municípios.

Por último, a cobertura das equipes de atenção básica ficou em 88,0% em 2023. Esses números foram melhores que a média do ranking de 100, por isso, a Capital apresentou a 32ª posição. Como comparativo, o estudo cita que em 2010 a cobertura era de 36,02%.

Segurança - A taxa de homicídios em Campo Grande variou de 23,4 para 18,9 por 100 mil habitantes entre 2010 e 2022. Nesse último ano, a cidade apresentou uma taxa menor que a média dos 100 maiores municípios do Brasil, ocupando a 54ª melhor posição no ranking.

As maiores vítimas de homicídio em Campo Grande são homens. Eles representam 89,4% dos casos, enquanto elas 10,6%. Nesse tipo de crime, pretos ou pardos equivalem a 74,1%, enquanto ao perfil de faixa etária revela que os jovens correspondem a 38,2% das vítimas. As demais, que são 61,8%, são apenas colocadas como “outros” sem ter classificação de idade. Em crimes de homicídio, 47,6% tiveram emprego de arma de fogo.

A taxa de óbitos no trânsito alcançou 16,7 por 100 mil habitantes em Campo Grande em 2022. Apresentando taxa maior que a média entre as demais analisadas, Campo Grande ocupa a 81ª posição. A maior parte dos óbitos no trânsito no município envolveu motociclistas: 68 óbitos, o que representa 46,9% do total de vítimas no trânsito em 2022.

Saneamento - Em 2022, cerca de 97,7% da população foi atendida pelo serviço de coleta de resíduos domiciliares, percentual maior que a média. Esse resultado colocou a Capital na 75ª melhor cobertura entre as analisadas.

No serviço de abastecimento de água, o município alcançou 100% da população atendida, apresentando o 1º melhor atendimento nesse último ano. A população atendida com abastecimento de água era igual a 768.887, em 2010, e foi para 897.938 residentes, em 2022. É estimado que o número de residentes não atendidos por abastecimento de água tenha chegado a 162 nesse ano.

No atendimento de esgoto, o índice ficou em 86,02% que também é colocado como maior que a média. Na 52ª posição, a cidade 774.562 residentes em 2022, ante os  474.147, em 2010. Já no tratamento de esgoto, a taxa foi de 66,1%, que é maior que o índice médio do ranking. O volume de esgoto tratado na cidade passou de 23.018 para 35.713 mil m³/ano entre 2010 e 2022. Já o volume de esgoto não tratado em 2022 foi estimado em 54.029 mil m³/ano.

Concluindo a pesquisa, Campo Grande apresentou 19,8% de perdas no processo de distribuição de água em 2022. Nesse ano, o volume distribuído foi estimado em 54029,7 mil m³. Já o volume de água perdida foi de 13336,4 mil m³. O município possuía a 5ª melhor posição no índice de perdas entre as 100 maiores cidades do Brasil em 2022.

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