Capital vai liberar eventos, mas carteira digital de vacinação será passaporte
Se fosse liberado hoje, por exemplo, apenas 31,16% da população poderia frequentar
Depois de um ano e meio com as restrições impostas pela covid-19, a Prefeitura de Campo Grande vai flexibilizar e permitir eventos desde que os participantes comprovem que estão vacinados.
A entrada exigida será o cartão de vacinação digital, feito pela Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), e que traz todos os dados da pessoa, vacina e quantas doses foram tomadas.
Se fosse liberado hoje, por exemplo, apenas 31,16% da população poderia frequentar. O percentual corresponde as 282.353 mil pessoas que já estão completamente imunizadas.
O decreto com as especificações deve sair ainda nesta semana, mas segundo o titular da Sesau, José Mauro Filho, a entrada vai valer para eventos e feiras e congressos.
Com a diminuição do número de contaminação, internação e óbito, o secretário avalia que estamos caminhando para um processo natural de retomada. No entanto, existe transição para que isto aconteça.
"Para a gente tirar a máscara, que um dia a gente vai tirar, tem que observar uma queda muito mais importante do que estamos observando agora. Alguns artifícios que eu acredito que seja importante a gente discutir agora é a carteira digital que está disponível para todos os campo-grandenses", comenta o secretário.
Basta acessar o link do Vacina Campo Grande, informar CPF e senha e baixar seu no celular.
O decreto está nos preparativos para ser publicado e vai valer para determinados eventos com entrada permitida de quem tomou as duas doses da vacina ou quando o imunizante é dose única.
"Vamos supor que seja um teatro, que é um ambiente sem ventilação, você tem planos de biossegurança, distanciamento, álcool em gel, mas é um ambiente onde você está respirando aquele ar. Nós vamos abrir com pessoas vacinadas, então você vai comprar seu ingresso e na entrada vai passar o QR Code", exemplifica.
Já quanto a um show, por exemplo, José Mauro analisa que a liberação só deve acontecer mais para frente, quando os índices tiverem em zero. "Por mais que exista plano de biossegurança, o secretário explica que nem todos são passíveis de execução", pontua.
Desde a criação, o cartão de vacinação digital, foi pensado para servir de "passaporte" desde entrada em eventos até viagens.
"Quando a gente fala de evento não é uma festa para tantas mil pessoas, mas um casamento, os eventos corporativos. Campo Grande é sede de vários congressos, temos uma série de eventos e feiras, cada segmento vai ter uma norma. Em eventos que não tem como você controlar, aí acredito que a gente vai retomar a partir da zona de covid free, mas para isso tem que ter vacina", expõe.
O teste foi a visita do ministro da Saúde Marcelo Queiroga que visitou a Capital na última sexta-feira (16). A imprensa que já estava vacinada participou da agenda no Parque Ayrton Senna, e uma das condições era de comprovar que estava imunizado.
"A vacinação com distanciamento dá certo, você consegue controlar 200, 300 pessoas vacinadas no ambiente", observou o secretário.
Além dos eventos, a carteira digital é comprovante que se pode mostrar em viagens "A primeira coisa quando você viaja é o aeroporto pedir, aqui teremos uma base de dados muito importante, com primeira, segunda e se houver, a terceira dose também".