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Capital

Casal acampa à beira de córrego em protesto por casa

Otair Mendes e Rosângela Cunha da Silva estão no local, às margens da Avenida Via Park, há uma semana

Por Alison Silva | 05/10/2023 09:05
Barraco montado por casal às margens de córrego na avenida Via Park (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Barraco montado por casal às margens de córrego na avenida Via Park (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Vivendo há uma semana às margens do córrego da Via Park, região norte de Campo Grande, Otair Mendes, de 41 anos, e Rosângela Cunha da Silva, de 50, montaram um tipo de acampamento e dizem que fizeram isso como forma de protesto pela espera por uma casa.

Otair diz que ele e a esposa estão há três anos esperando por uma casa da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários).

“Estamos aqui há uma semana. Não nego, se precisar eu fico mais 10, 20, 30 dias, o quanto for preciso até a prefeitura conseguir conceder a casa para a minha esposa”, disse Mendes.

Vendendo plantas artesanais, o casal recebe “sacolão” e produtos de higiene cedidos por moradores da região.

Segundo ele, a esposa é dependente química, faz uso contínuo de medicamentos e aguarda o BPC (Benefício de Prestação Continuada) da Loas (Lei Orgânica de Assistência Social). Antes de viver às margens do córrego, o casal diz que passou pelo Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua) e pelo Caps (Centros de Atenção Psicossocial).

Otair Mendes disse que ocupação é um tipo de protesto (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Otair Mendes disse que ocupação é um tipo de protesto (Foto: Osmar Daniel Veiga)

“Antes de vir para cá, estávamos no Cetremi, depois fomos para o Caps. Nos dois lugares a estrutura é ruim, tinham 'puxado' faca para minha esposa lá. Quando vamos falar com as autoridades e a assistência social, sempre desconversam, mandam voltar outra hora, por isso viemos para cá, para chamar atenção”, destacou Mendes, que atualmente é também catador de recicláveis.

Ele conversou com a reportagem enquanto a esposa dormia. Segundo Mendes, nesta semana alguns agentes da prefeitura foram até o local em que vivem para saberem a situação da moradia e encaminharem os dois a outro local.

Moradora da região, Maria Auxiliadora Ribas, 54 anos, disse a região conta com vários moradores ao longo da beira do córrego.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Campo Grande a fim de obter mais informações sobre a situação do casal na fila de espera pela casa, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

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