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Capital

Casal é suspeito de amarrar e amordaçar criança autista

Vizinhos afirmam terem visto pais mandando irmã prender menina em cadeira com as mãos para trás

Por Geniffer Valeriano e Mylena Frahia | 29/09/2023 17:08
Brinquedoteca da DEPCA, onde as crianças podem aguardar (Foto: Mylena Faiha)
Brinquedoteca da DEPCA, onde as crianças podem aguardar (Foto: Mylena Faiha)

Uma mulher, de 36 anos, e um homem, de 52, foram levados para a DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), na tarde desta sexta-feira (29), após vizinhos denunciarem maus-tratos cometidos contra uma das filhas do casal. Segundo os moradores, uma menina, de 9 anos, estava sendo amordaçada e amarrada em uma cadeira na residência. A situação ocorreu no Bairro Morada Verde, em Campo Grande.

Além da criança, que foi vista por vizinhos sendo amarrada, a família é composta por outras duas crianças, de 1 e 6 anos, um bebê, de 3 meses, e uma jovem de 18 anos. Os três filhos mais velhos – de 6, 9 e 18 anos – são autistas, conforme relatado.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, uma equipe do Conselho Tutelar foi até a casa da família após receberem a denúncia de maus-tratos. Ao chegarem na residência, o casal não quis recebê-los, sendo preciso acionar a PM (Polícia Militar).

Para os militares, vizinhos relataram que viram os pais mandarem a filha mais nova, de 6 anos, usar um cinto para amarrar as mãos da irmã de 9 anos para trás em uma cadeira. A criança ainda teria sido obrigada a amordaçar sua irmã.

Os vizinhos ainda afirmaram que os maus-tratos que as crianças sofrem são recorrentes. Após o testemunho dos moradores, os pais foram levados para a delegacia para prestar os devidos esclarecimentos. Enquanto aguardava, a mãe gritava: “Meu marido não fez nada”.

À reportagem, a delegada Nelly Gomes dos Santos Macedo informou que as testemunhas não souberam esclarecer se os maus-tratos aconteceram hoje ou em outra data. Ainda foi dito que nas crianças não havia marcas de amarrações e que não foi encontrada até o momento nenhuma prova material.

As crianças foram levadas para a escuta especial na delegacia, assim como os pais, que devem prestar esclarecimentos.

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