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Capital

Casal quer indenização após casa ser revirada durante operação do Gaeco

Advogado afirma que Gaeco cometeu um engano e residência localizada no bairro Zé Pereira teria sido confundida com sede de empresa

Izabela Sanchez | 08/08/2018 18:08
Cama em um dos cômodos onde agentes do Gaeco teriam realizado buscas, na residência do casal (Foto fornecida pelos moradores)
Cama em um dos cômodos onde agentes do Gaeco teriam realizado buscas, na residência do casal (Foto fornecida pelos moradores)

Um casal de Campo Grande quer ingressar na Justiça alegando que teve a casa indevidamente revirada durante durante a operação “Grão de Ouro”, deflagrada nesta quarta-feira (08) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). O casal afirma que houve um engano em relação ao endereço para cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

O advogado Marcio Almeida, que vai atuar no caso, relatou que o borracheiro Samuel Pereira Barbosa, e a técnica de enfermagem Elienes Larros de Barbosa, ambos de 61 anos, foram surpreendidos pelos agentes por volta das 6h.

A casa é localizada na rua Sagarana, 1367, e teria sido confundida, segundo afirma, com a sede da empresa Petropolis Comercio de Cereais Ltda, alvo de fato da operação. Segundo o advogado a sede fica ao lado da residência do casal e foi fechada em 2015.

O imóvel onde funcionou a empresa pertence ao casal, conforme o advogado, e foi alugado. De acordo com ele, o endereço da sede é o 1354 e não o 1367.

“Na operação um dos agentes chegou a constatar o equívoco e relatou ao comandante da operação que mesmo assim decidiu continuar com os procedimentos. Com isto a família ficou bastante abalada, tendo que buscar atendimento médico”, afirma o advogado.

O advogado não estipulou um valor para a indenização, mas afirma que vai pedir que o juiz “estipule valor razoável, considerando a idade do casal, os problemas de saúde e o flagrante equívoco dos procedimentos”.

Operação – O Gaeco estima prejuízo de, ao menos, R$ 44 milhões no esquema que burlava o fisco estadual. A investigação mira integrantes de um esquema de sonegação de impostos envolvendo a produção de grãos, principalmente a soja, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

A reportagem procurou o Ministério Público Estadual, por meio da assessoria de imprensa, mas em razão do horário não foi possível obter resposta.

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