Casal quer indenização após casa ser revirada durante operação do Gaeco
Advogado afirma que Gaeco cometeu um engano e residência localizada no bairro Zé Pereira teria sido confundida com sede de empresa
Um casal de Campo Grande quer ingressar na Justiça alegando que teve a casa indevidamente revirada durante durante a operação “Grão de Ouro”, deflagrada nesta quarta-feira (08) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). O casal afirma que houve um engano em relação ao endereço para cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
O advogado Marcio Almeida, que vai atuar no caso, relatou que o borracheiro Samuel Pereira Barbosa, e a técnica de enfermagem Elienes Larros de Barbosa, ambos de 61 anos, foram surpreendidos pelos agentes por volta das 6h.
A casa é localizada na rua Sagarana, 1367, e teria sido confundida, segundo afirma, com a sede da empresa Petropolis Comercio de Cereais Ltda, alvo de fato da operação. Segundo o advogado a sede fica ao lado da residência do casal e foi fechada em 2015.
O imóvel onde funcionou a empresa pertence ao casal, conforme o advogado, e foi alugado. De acordo com ele, o endereço da sede é o 1354 e não o 1367.
“Na operação um dos agentes chegou a constatar o equívoco e relatou ao comandante da operação que mesmo assim decidiu continuar com os procedimentos. Com isto a família ficou bastante abalada, tendo que buscar atendimento médico”, afirma o advogado.
O advogado não estipulou um valor para a indenização, mas afirma que vai pedir que o juiz “estipule valor razoável, considerando a idade do casal, os problemas de saúde e o flagrante equívoco dos procedimentos”.
Operação – O Gaeco estima prejuízo de, ao menos, R$ 44 milhões no esquema que burlava o fisco estadual. A investigação mira integrantes de um esquema de sonegação de impostos envolvendo a produção de grãos, principalmente a soja, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
A reportagem procurou o Ministério Público Estadual, por meio da assessoria de imprensa, mas em razão do horário não foi possível obter resposta.