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Capital

Casas desocupadas são depredadas e podem ser invadidas novamente

Alan Diógenes | 03/09/2015 09:58
Casas onde moravam invasores estão vazias e sendo depredadas. (Foto: Vanessa Tamires)
Casas onde moravam invasores estão vazias e sendo depredadas. (Foto: Vanessa Tamires)
O que ficou na parede nas casas foi só o documento de reintegração de posse. (Foto: Vanessa Tamires)
O que ficou na parede nas casas foi só o documento de reintegração de posse. (Foto: Vanessa Tamires)

Após a Justiça Federal e a Caixa Econômica Federal retirar, no mês passado, os invasores do Conjunto José Maksoud, na região das Moreninhas, na saída para São Paulo, as casas estão fechadas e muitas delas sendo depredadas ou arrombadas por vândalos. Moradores do residencial pedem agilidade na entrega das casas para os inscritos na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) temendo nossas invasões.

A dona de casa Fabíola de Jesus Silva, 21 anos, disse que pessoas com atitudes suspeitas vivem rondando as casas. Para ela a intenção delas é invadir as residências desocupadas. “A Guarda Municipal passa de vez em quando e por isso não vai conseguir fiscalizar quando houver novas invasões”, explicou.

A moradora afirma que os imóveis deveriam ser entregues de uma só vez. “Eles tinham que entregar todas as casas para evitar esse tipo de problema. Ou deveriam ter deixado os antigos invasores por aqui mesmo, porque pelo menos eles cuidavam. Lembro quando cheguei do centro da cidade e encontrei eles com a cabeça baixa deixando as casas e levando as mudanças em caminhões”, comentou.

O carpinteiro Renan Rodrigues Feitosa, 54, falou que as casas deveriam ser entregues aos inscritos, assim que fizeram a desocupação. “Já que tiraram o pessoal, deveriam colocar sem seguida quem está esperando. Todo mundo que se inscreveu precisa de casa, então para que essa enrolação. Vão acabar invadindo de novo”, destacou.

Renan disse que casas já deveriam ter sido entregues aos inscritos. (Foto: Vanessa Tamires)
Renan disse que casas já deveriam ter sido entregues aos inscritos. (Foto: Vanessa Tamires)
Fabíola teme que nova invasões aconteçam. (Foto: Vanessa Tamires)
Fabíola teme que nova invasões aconteçam. (Foto: Vanessa Tamires)

A dona de casa Patricia de Amaro Alencar, 31, mora ao lado de uma casa fechada. Ela disse que três famílias invasoras já moraram no lugar. Segundo ela, muitos inscritos já conseguiram a casa, mas ainda não se mudaram porque “não necessitam de moradia”. “Enquanto isso quem realmente precisa fica pagando aluguel, como minha irmã que já invadiu uma das casas do conjunto”, mencionou.

Já a dona de casa Patricia Regina Martins Salomão, 27, defende os inscritos que ainda não se mudaram. Ela disse que muitos ainda não se mudaram para os imóveis por conta de erros na documentação ou no cadastro da Emha. “Quem invadiu sabia que as casas tinham donos. Agora falta a Emha começar a regularizar a situação dos inscritos”, finalizou.

Na época, as equipes que fizeram a desocupação também levantaram os estragos causados nas casas. Cerca de 50% delas foram danificadas e só vão ser liberadas para os mutuários após obras de reparo. Os invasores que danificaram os imóveis serão incluídos em uma relação de excluídos dos programas habitacionais do Governo federal.

O Campo Grande News entrou em contato com a Emha para obter esclarecimentos sobre o caso, na noite desta quarta-feira (2), mas as ligações não foram atendidas.

Invasores foram embora, deixaram rastros de destruição e até antena de televisão. (Foto: Vanessa Tamires)
Invasores foram embora, deixaram rastros de destruição e até antena de televisão. (Foto: Vanessa Tamires)
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