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Capital

Catadores barram caminhões e prefeitura quer mais prazo para fechar lixão

Flávio Paes | 16/11/2015 20:34
Catadores querem continuar trabalhando no lixão(Foto:Arquivo)
Catadores querem continuar trabalhando no lixão(Foto:Arquivo)

Parte da coleta de lixo de Campo Grande realizada na manhã desta segunda-feira foi prejudicada porque os catadores que atuam no lixão impediram a entrada dos caminhões coletores. O impasse surgiu porque no início da manhã fiscais da Secretaria de Infraestrutura barraram a entrada de aproximadamente 500 catadores que atuam na “garimpagem” do lixo depositado na chamada zona de transição.

Eles reagiram à medida, que deveria ter sido tomada em agosto quando começou a funcionar a UTR (Unidade de Tratamento de Resíduo).Os fiscais alegaram que estavam cumprindo decisão judicial de fechamento do lixão.

Agora à tarde o prefeito Alcides Bernal, acompanhado do secretário de Governo, Paulo Pedra, se reuniu com uma comissão dos catadores. Eles liberaram a entrada dos caminhões da CG Solurb, em contrapartida, a Prefeitura permitiu que a entrada deles no lixão pelo menos até quinta-feira.

Neste dia, a Procuradoria Jurídica se reunirá com o Ministério Público do Trabalho para tentar convencer os procuradores a assinar um novo TAC (Termo de Ajustamento de Condutas) prorrogando novamente o funcionamento da zona de transição. O novo prazo estaria vinculado a ampliação da coleta seletiva e a organização dos catadores em coopeativas,quando então passariam a trabalhar na UTR onde atualmente já há 140 catadores. De acordo o representantes dos trabalhadores,Rodrigo Gomes, a coleta seletiva atualmente cobre em torno de 5% de Campo Grande e o lixo reciclável que leva para a UTR, não é um volume suficiente para garantir renda a todos.

O lixão chegou a ser fechado em dezembro de 2012, quando o então prefeito NelsonTrad inaugurou o aterro sanitário. Na época a Defensoria Pública entrou na Justiça que  determinou a manutenção dos catadores numa zona de transição ate que a Unidade de Tratamento ficasse pronta. Isto ocorreu quase só três anos depois, em agosto passado, quando então se estabeleceu um prazo de 60 a 90 dias para a desativação do lixão. Este prazo venceu agora e pelo visto será prorrogado mais uma vez.

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