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Capital

Cena de filme: simulação de 'mega acidente' teve ônibus, carreta e helicópteros

Exercício foi realizado na manhã deste sábado e teve 20 vítimas fictícias

Por Natália Olliver e Clara Farias | 28/09/2024 13:05
Treinamento aconteceu na manhã deste sábado, no Parque dos Poderes (Foto: Henrique Kawaminami)
Treinamento aconteceu na manhã deste sábado, no Parque dos Poderes (Foto: Henrique Kawaminami)

A simulação de um acidente de grande complexidade chamou a atenção de quem passava pelo Parque dos Poderes, na manhã deste sábado (28), em frente ao Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. A cena digna de cinema teve  ônibus tombado, carreta-tanque carregada com etanol, dois veículos de passeio e até helicópteros. Ao todo foram 20 vítimas fictícias. O episódio faz parte  da programação do CBMEDE (Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência) 2024.

Participaram equipes da Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Polícia Militar, Defesa Civil e Detran de Mato Grosso do Sul. Arrison Szesz, gerente de operações da CCR, disse que esse é o 10º simulado de acidente  com produtos perigosos. Para ele, a importância desse treinamento é a capacitação das equipes e a integração entre os órgãos.

“Esses acidentes são raros de acontecer, mas quando acontecem é uma complexidade muito grande. Então a gente treina o máximo possível com as equipes, com todos os órgãos, são 21 órgãos envolvidos nessa simulação, para quando acontecer a gente atender muito bem”.

Um dos fatores diferentes nessa atividade é a presença de um ônibus clandestino. Na simulação, o veículo perdeu o freio por falta de manutenção. Ele não possuía cintos de segurança, o que prejudicou os passageiros. Ele foi o responsável pelo acidente ao colidir com a traseira de uma carreta-tanque cheia de etanol.

Exercício contou com 20 vítimas espalhadas pelos veículos atingidos (Foto: Henrique Kawaminami)
Exercício contou com 20 vítimas espalhadas pelos veículos atingidos (Foto: Henrique Kawaminami)

“Então aqui a gente vai simular e atuar na prática, com desencarceramento de vítimas, a ordem de chegada das pessoas. Socorros, bombeiros, defesa civil, concessionária, PRF, todos os demais órgãos, IBAMA, chegando como se fosse realmente uma ocorrência com vazamento de produtos perigosos, com múltiplas vítimas para já ir treinando essa capacitação”.

Os erros observados pelos avaliadores durante a atividade servirão de lição para as equipes que participaram. O tenente José Carlos Herculano, do Corpo de Bombeiros, explica que em ocorrência de acidente em rodovia com produtos químicos a orientação é sempre acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, pois a equipe precisa ser a primeira a chegar na cena e isolar a área.

“Sempre que eles nos convidam a gente está participando é uma forma de interação com a CCR, para que quando ocorrer um acidente real, nós possamos estar mais entrosados e aproveitando para também fazer o treinamento das nossas equipes. Eles vão saber atuar de forma mais eficiente.O tempo resposta ele conta muito numa ocorrência dessa, principalmente onde tem vítimas presas, risco também de incêndio, risco de explosão”.

Tenente do Corpo de Bombeiros José Carlos Herculano (Foto: Henrique Kawaminami)
Tenente do Corpo de Bombeiros José Carlos Herculano (Foto: Henrique Kawaminami)

A estudante de enfermagem, Juliana Dutra Assis Fernandes, de 23 anos faz parte da Liga de Agência e Emergência da faculdade e participou do exercício como uma das 20 vítimas. Para ela, as simulações são uma oportunidade para testar os conhecimentos e emocional frente a situações caóticas.

“A gente vem, se prepara, a simulação é 100% realista, então a gente entra ali, tem hora que é um desespero que você se sente realmente como a pessoa se sentiria ali dentro, porque está todo mundo gritando, aquele espelho começa a quebrar tudo, então é um tumulto e é muito interessante ver como os profissionais agem. Então a gente tem uma visão diferente”.

Giovanna Machado Queiroz, de 21 anos , é acadêmica de medicina e estava participando do congresso quando resolveu sair pra assistir

“É o meu primeiro congresso pelo menos, eu achei a experiência ótima. É um acidente bem complexo, tem múltiplas vítimas envolvidas, múltiplos automóveis, então foge bastante da nossa realidade. Eu como acadêmica, pelo menos, estou muito empolgada, acredito que eu ainda vou demorar um pouco para atender um deles. Então, para mim, é uma experiência muito importante”.

Segundo a CRR, o acidente complexo ilustra como uma falha mecânica inicial pode desencadear uma série de eventos graves, resultando em múltiplas colisões, tombamentos, vazamento de produtos perigosos e um número elevado de vítimas.

Juliana Dutra Assis Fernandes foi uma das vítimas fictícias (Foto: Henrique Kawaminami)
Juliana Dutra Assis Fernandes foi uma das vítimas fictícias (Foto: Henrique Kawaminami)

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