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Capital

“Cenário é de morte violenta”, diz delegado sobre caso de colega achada morta

Polícia Civil investiga se delegada aposentada atirou contra si ou foi assassinada; latrocínio está descartado

Anahi Zurutuza e Natália Olliver | 03/07/2023 19:10
José Roberto de Oliveira Júnior, da Homicídios, em entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Alex Machado)
José Roberto de Oliveira Júnior, da Homicídios, em entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Alex Machado)

A Polícia Civil trabalha com duas principais hipóteses na investigação da morte da delegada aposentada Ezilda Aparecida de Araújo, de 68 anos: a de que ela tenha tirado a própria vida e a de assassinato. Neste primeiro momento, o que foi descartada foi a possibilidade de crime contra o patrimônio (latrocínio), já que a casa não estava revirada e bens de valor permaneciam no local.

“É muito precipitado essa conclusão (de que foi suicídio). A gente tem algumas impressões iniciais, que serão resguardadas para preservar a investigação. O que podemos afirmar é que foi uma morte por arma de fogo. O cenário é de morte violenta. Pode ser homicídio ou suicídio”, afirmou o delegado José Roberto de Oliveira Júnior, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que esteve no local do crime.

Além da especializada, que enviou equipe de Campo Grande, policiais da Delegacia de Terenos também estiveram no local. Como o caso foi registrado como morte a esclarecer, ainda não se sabe quem comandará as apurações.

O delegado explica, contudo, que os próximos passos dependem dos resultados dos laudos periciais. “No primeiro momento, foi feita operação conjunta. A de Terenos atuou na identificação de pessoas que tinham certa proximidade com ela [vítima] e nós [DEH] assumimos o local do crime. Tem algumas perícias que podem ser importantes, porque a arma, por exemplo, poder ter outro DNA, que não é o dela”.

Policiais civis durante os levantamentos no local do crime. (Foto: Alex Machado)
Policiais civis durante os levantamentos no local do crime. (Foto: Alex Machado)

Ainda sobre a hipótese de invasão da chácara onde a delegada aposentada passava os dias sozinha desde dezembro, José Roberto afirma que nada é totalmente descartado numa investigação. No futuro, pode-se descobrir que “algo bem específico” foi levado do local.

O delegado preferiu não dar mais detalhes da cena do crime. “Ela estava no quarto dela e as peculiaridades são muito relevantes para conclusão do inquérito”, concluiu.

O Campo Grande News apurou que o corpo foi encontrado sobre a cama, com um tiro na cabeça e envolto a uma poça de sangue. A polícia acredita que Ezilda Aparecida de Araújo morreu no sábado, embora o cadáver só tenha sido achado nesta segunda-feira (3), na Chácara Rosa de Saron, em Terenos, a 25 km de Campo Grande.

Pesar – A Adepol-MS (Associação de Delegados de Mato Grosso do Sul) e Polícia Civil de Mato Grosso do Sul emitiram nota lamentando a morte de Ezilda. Segundo as entidades, ela foi uma das primeiras delegadas do Estado, pertencia a terceira turma de formados pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, de 1990, foi titular da Delegacia Regional de Coxim e depois, responsável por Terenos. Ela estava aposentada desde junho de 2003.

Ajuda – O Campo Grande News aproveita para informar que, na Capital, o Grupo Amor Vida (GAV) presta um serviço gratuito de apoio emocional a pessoas em crise através do telefone 0800 750 5554. Ligue sempre que precisar! O horário de funcionamento é das 7h às 23h, inclusive, sábados, domingos e feriados.

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