Centro pediátrico passa a atender só emergências e revolta pais
O PAI (Posto de Atendimento Integrado), que funciona no antigo Hospital Sírio Libanês, restringiu o atendimento de crianças apenas aos casos de emergência e revoltou os pais. A unidade, que começou como Centro Municipal Pediátrico, deixou de atender todos os casos na área de pediatria.
A servente Marta Pedro da Silva, 44 anos, reclamou que chegou cedo e foi avisada que não havia médicos pediatras pela manhã. Também lhe informaram que o atendimento com quatro médicos pediatras só começaria às 13h.
Desde segunda (9), os pais estão reclamando que o atendimento com apenas um médico está sendo apenas para as emergências.
Maria Lia Moraes levou a neta que teve seguidas crises respiratórias. No entanto, a garota não foi atendida porque o caso não foi classificado como urgente.
Segundo a dona de casa Sandra Souza Pereira, o filho de quatro anos está esperando há mais de dois meses para ser operado da hérnia na região da virilha e na última sexta (6), o médico cirurgião do centro a direcionou para a Santa Casa. Porém, no hospital, ela foi informada que o encaminhamento do centro pediátrico não vale e ela seria obrigada a obter encaminhamento do posto de saúde.
O drama da estudante Edna Cristina é semelhante, porque está tentando conseguir o encaminhamento do filho há mais de dois anos. Somente hoje, depois de 30 dias, conseguiu a consulta agendada para saber o dia da cirurgia do garoto.
"Hoje espero que nossa angústia termine" desabafou o Edna.
Os pais disseram que os postos de saúde estão superlotados e acabam optando em procurar o centro pediátrico primeiro. A doméstica Bianca de Souza, 27, que foi avisada que estariam atendendo apenas depois das 13h e emergência, mas na esperança de conseguir um atendimento optou em esperar para ver se sua filha que está com febre consiga atendimento.
Mesmo avisado que o atendimento está restrito para às áreas amarela e vermelha, há pais que insistem a permanecer a espera de ser atendido como foi o caso de Bianca Souza que disse "Lá no posto do Noroeste precisamos marcar as consultas na segunda-feira e elas podem levar um tempo de espera de até sete dias, como febre é sinônimo de alguma infecção, não dá para esperar e vou ficar aqui com ela para tentar o atendimento" falou Bianca.
O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, através da assessoria de imprensa, explicou que houve irregularidades, como desvio de recursos. No entanto, as irregularidades estão sendo solucionadas. Em nota, ele destacou que a população não vai ser prejudicada, porque existem equipes móveis na cidade para atender essa demanda.